O Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira (17) informações sobre desemprego no terceiro trimestre de 2017. Segundo a pesquisa, dos 13 milhões de brasileiros desocupados, 8,3 milhões eram pretos ou pardos, o equivalente a 63,7% do total.
Os resultados mostraram ainda que entre brancos a taxa de desemprego é de 9,9%, enquanto entre pretos e pardos, que respondem por 54,9% da população brasileira, foi de 14,6%.
No segundo trimestre, a taxa de desocupação tinha sido maior (15,2%), mas em comparação com o terceiro trimestre de 2016 (13,8%), houve um crescimento.
Os dados foram recolhidos através da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), que utiliza os termos 'preto' e 'pardo' como subgrupos de 'negros'.
Em comparação, a média de rendimento entre pretos e pardos, igual a R$ 1.531, foi 56% do montante pago aos trabalhadores brancos, que recebem R$ 2.757.
"Entre os diversos fatores, estão a falta de experiência, de escolarização e de formação de grande parte da população de cor preta ou parda", afirma. "Claro que se avançou muito, mais ainda tem que se avançar bastante, no sentido de dar a população de cor preta ou parda igualdade em relação ao que temos hoje na população de cor branca", explica o coordenador de trabalho e rendimento do IBGE Cimar Azevedo.
O Pnad Contínua também diagnosticou que o trabalho doméstico é exercido em sua maioria pela população preta ou parda, representando 66% dos profissionais dessa área. Eles também predominam na construção, agropecuária e setores de alojamento e alimentação.