Conheça o Coliving, nova forma de moradia compartilhada

De acordo com projeções da Price waterhouse Coopers (PwC), até 2025, a economia compartilhada deve movimentar mundialmente o equivalente a 335 bilhões de dólares
Da editoria de economia
Publicado em 08/04/2018 às 8:00
Foto: Foto: Chico Belan/Artista urbano


 Se na maioria dos prédios e condomínios construídos no Grande Recife a ideia de espaço compartilhado está reduzida a salões de festa, piscinas e academias, em alguns pontos do Brasil e do mundo, esse conceito já se expandiu para os apartamentos e, mais que isso, começou a se tornar um estilo de vida. Os colivings, construções que permitem aos seus moradores a possibilidade de morar, trabalhar, se divertir e ao mesmo tempo interagir de forma mais direta com outras pessoas já são uma tendência incorporada à realidade da economia compartilhada, com o diferencial de seus adeptos não precisarem dividir espaço por questões financeiras.

Em São Paulo, há um ano, o administrador Rafael Delfino, 28, decidiu dar início a um dos empreendimentos que se tornou referência de coliving da cidade. O Backyard Of Simple Pleasures reúne em um único lugar, bar, coworking (escritórios compartilhados), cozinha compartilhada e lojas. “Só de coworking temos 32 estações, além de sete empresas em modelos de loja de varejo. Aqui conseguimos concentrar uma sociedade dentro de outra sociedade”, diz ele. A construção reúne ao longo de 360 metros quadrados funcionários de empresas multinacionais, startups de tecnologia e publicitários. “Nosso diferencial é que tudo é baseado no tempo e no espaço, você paga por hora ou por dia e consegue atrair seu público absorvendo demandas dos demais negócios”, frisa. Apesar de não revelar o faturamento, o jovem garante que o empreendimento fechou as contas no azul em 2017.

De acordo com projeções da Price waterhouse Coopers (PwC), até 2025, a economia compartilhada deve movimentar mundialmente o equivalente a 335 bilhões de dólares. Apostando nesse potencial, o empresário pernambuco José Hotávio Meira Lins, 64, deixou para trás o segmento hoteleiro e passou a investir numa espécie de casa de estudante que incorpora o modelo de coliving. Em pouco mais de três mil metros quadrados, 60 quartos de no máximo 35 metros quadrados já são ocupados por 29 pessoas. Entre os moradores, estudantes, empresários e publicitários passaram a fazer uso de uma cozinha compartilhada, sala de convivência, espaços de estudo e um cômodo coworking.

Foto: Chico Belan/Artista urbano
- Foto: Chico Belan/Artista urbano
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Foto: Leo Motta/JC Imagem
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Foto: Leo Motta/JC Imagem
- Foto: Leo Motta/JC Imagem

“Para mim, funcionou muito bem. Atualmente trabalho de casa e consigo compartilhar ideias e expandir meu networking aqui”, relata o publicitário Felipe Cardim, 31. Casado com a também publicitária Priscila Melo, 31, ele se mudou para o coliving há uma semana. “Fechamos um contrato de um ano e meio, mas se quisermos rescindir não há multa. Só isso já é uma diferença”, diz Priscila.

Despesas

“As despesas para manter esse espaço representam, se muito, 15% de tudo que eu tinha que investir para manter o hotel. Não gasto com roupa de cama, o buffet é terceirizado e meus funcionários passaram de 37 para cinco”, conta José Otávio. Os alugueis variam entre R$ 900 e R$ 1.200, com exigência de uma caução que pode ser convertida no valor do aluguel.

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