A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) anunciou nesta sexta-feira (28), no Rio de Janeiro, que a produção de petróleo nos blocos do pré-sal contratados no regime de partilha desde o ano passado deve gerar uma arrecadação de R$ 1,2 trilhão para a União, estados e municípios.
A conta inclui os blocos contratados entre a 2ª e a 5ª rodadas, realizadas entre 27 de setembro do ano passado e hoje, e toma como base as participações oferecidas à União e um valor médio do barril de petróleo na casa dos 70 dólares.
Nos contratos de partilha, utilizados para a produção do pré-sal, as empresas responsáveis pela exploração e produção de petróleo precisam oferecer à União um percentual do que é produzido. Os lances vencedores nos leilões são os que oferecem participações mais altas para o governo.
Ao longo de 30 anos de contrato, a exploração e produção de petróleo nos campos contratados deve gerar uma receita anual de R$ 40 bilhões.
Segundo a ANP, o leilão de hoje garantiu R$ 240 bilhões desse R$ 1,2 trilhão contabilizado. O leilão desta sexta-feira teve 100% dos blocos arrematados, contribuindo para que as quatro rodadas tenham um percentual de contratação de 93%.
"Não conheço nenhum local do planeta que tenha um nível tão elevado na contratação", disse o diretor-geral da agência, Décio Oddone.
O ágio médio da 5ª rodada foi de 170%, com ofertas que ultrapassaram o lance mínimo em até 300%.
O secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Félix, comemorou o resultado do leilão e disse que o investimento previsto de R$ 1 bilhão nos blocos contratados hoje prevê apenas os custos para procurar petróleo e gás nos blocos.
A partir do momento em que as descobertas forem feitas, segundo ele, os investimentos serão muito maiores. "É com muita alegria que a gente vê esse momento de consolidação", disse ele.