ANP prevê arrecadação de até R$ 1,2 tri com novos blocos do pré-sal

Ao longo de 30 anos de contrato, a exploração e produção de petróleo nos campos contratados deve gerar uma receita anual de R$ 40 bilhões
Agência Brasil
Publicado em 28/09/2018 às 12:15
Ao longo de 30 anos de contrato, a exploração e produção de petróleo nos campos contratados deve gerar uma receita anual de R$ 40 bilhões Foto: Tânia Rego/Agência Brasil


A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) anunciou nesta sexta-feira (28), no Rio de Janeiro, que a produção de petróleo nos blocos do pré-sal contratados no regime de partilha desde o ano passado deve gerar uma arrecadação de R$ 1,2 trilhão para a União, estados e municípios.  

A conta inclui os blocos contratados entre a 2ª e a 5ª rodadas, realizadas entre 27 de setembro do ano passado e hoje, e toma como base as participações oferecidas à União e um valor médio do barril de petróleo na casa dos 70 dólares.

Nos contratos de partilha, utilizados para a produção do pré-sal, as empresas responsáveis pela exploração e produção de petróleo precisam oferecer à União um percentual do que é produzido. Os lances vencedores nos leilões são os que oferecem participações mais altas para o governo.

Ao longo de 30 anos de contrato, a exploração e produção de petróleo nos campos contratados deve gerar uma receita anual de R$ 40 bilhões.

100% dos blocos arrematados

Segundo a ANP, o leilão de hoje garantiu R$ 240 bilhões desse R$ 1,2 trilhão contabilizado. O leilão desta sexta-feira teve 100% dos blocos arrematados, contribuindo para que as quatro rodadas tenham um percentual de contratação de 93%.

"Não conheço nenhum local do planeta que tenha um nível tão elevado na contratação", disse o diretor-geral da agência, Décio Oddone. 

O ágio médio da 5ª rodada foi de 170%, com ofertas que ultrapassaram o lance mínimo em até 300%.

O secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Félix, comemorou o resultado do leilão e disse que o investimento previsto de R$ 1 bilhão nos blocos contratados hoje prevê apenas os custos para procurar petróleo e gás nos blocos.

A partir do momento em que as descobertas forem feitas, segundo ele, os investimentos serão muito maiores.  "É com muita alegria que a gente vê esse momento de consolidação", disse ele.

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