ICE

Índice de Confiança Empresarial sobe 3,8 pontos em novembro ante outubro, diz FGV

É a primeira vez no ano em que todos os setores que integram o ICE apresentaram aumento da confiança
Estadão Conteúdo
Publicado em 30/11/2018 às 8:33
É a primeira vez no ano em que todos os setores que integram o ICE apresentaram aumento da confiança Foto: Foto: Pixabay


O Índice de Confiança Empresarial (ICE) subiu 3,8 pontos em novembro ante outubro, atingindo 95,0 pontos, informou nesta sexta-feira, 30, a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com isso, o ICE atingiu o maior patamar desde abril de 2014. Na métrica de médias móveis trimestrais, o índice avançou 1,1 ponto, interrompendo sete meses consecutivos em queda.

"A expressiva alta do ICE em novembro confirma que a confiança empresarial vinha sendo afetada nos meses anteriores pelas exacerbadas incertezas associadas ao período eleitoral deste ano Ao atingir o maior nível desde o início da recessão de 2014-2016, o índice se aproxima do nível neutro de 100 pontos, que configura uma situação de normalidade em termos históricos. A evolução no mês foi determinada principalmente pela melhora das expectativas, que retratam um moderado otimismo com a evolução da economia nos primeiros meses do novo governo", afirma nota divulgada pela FGV, assinada pelo superintendente de Estatísticas Públicas do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV), Aloisio Campelo Jr.

É a primeira vez no ano em que todos os setores que integram o ICE apresentaram aumento da confiança. O Índice de Confiança Empresarial reúne os dados das sondagens da Indústria de Transformação, Serviços, Comércio e Construção. "Na métrica de média móveis trimestrais, a variação foi negativa apenas na Indústria (1,8 ponto), cuja confiança agora converge com a dos segmentos de serviços e do comércio, após ter caminhado acima dos outros três segmentos desde janeiro de 2015. A confiança da construção continua sendo a mais baixa entre os quatro setores, mas o avanço de novembro é uma boa notícia", diz a FGV.

O cálculo leva em conta os pesos proporcionais à participação na economia dos setores investigados, com base em informações extraídas das pesquisas estruturais anuais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a FGV, o objetivo é que ICE permita uma avaliação mais consistente sobre o ritmo da atividade econômica.

ISA e IE-E

O Índice de Situação Atual (ISA) registrou alta de 1,4 ponto, para 89,9 pontos, após umas sequência de três quedas. Já o Índice de Expectativas (IE-E) teve expansão de 3,0 pontos, para 102,0, superando a marca de 100 pontos pela primeira vez desde novembro de 2013, quando atingiu 100,3 pontos.

A alta da confiança em novembro atingiu 84% dos 49 segmentos que compõem o ICE. No mês passado, a taxa foi menor, de 57% dos segmentos pesquisados.

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