O plano do governo de liberar saques do FGTS pode conseguir minimizar os efeitos da crise econômica do País, avaliam líderes da Câmara. A ideia da equipe econômica foi revelada pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, na terça-feira.
Para o líder do MDB, Baleia Rossi (SP), a iniciativa é boa e já deu resultado no governo anterior. "É algo que diminuiu um pouco os efeitos da crise. No entanto, precisamos fazer mais. Aprovar a reforma tributária para gerar mais empregos e renda por meio da simplificação do sistema", disse ele ao Broadcast.
Como o Broadcast mostrou, o Ministério da Economia deve permitir que os trabalhadores saquem até 35% dos recursos de suas contas ativas (dos contratos de trabalho atuais) do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A expectativa do governo é que a medida injete até R$ 42 bilhões na economia.
O líder do Podemos, José Nelto, acredita que o governo deveria liberar uma porcentagem maior do que a atualmente estudada. "Acho que é pouco, deveria ser maior do que 35%. Temer fez isso e deu certo. É a saída? Não. Mas em um momento de crise como esse é o remédio", disse. A líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP), considerou a medida "uma boa notícia".
De acordo com fontes que participaram da última reunião do Ministério, a autorização dos saques será feita da seguinte forma: para quem tem até R$ 5 mil no FGTS, teriam autorização para sacar 35% do saldo; trabalhadores com até R$ 10 mil no fundo poderiam pegar 30%; Ainda não foi definido o percentual permitido de saque para quem tem entre R$ 10 mil e R$ 50 mil no FGTS. Para quem tem acima de R$ 50 mil, o trabalhador só poderia sacar 10% do saldo total.