Ministério da Agricultura recua e libera pesca de camarão e lagosta no Nordeste

 A ministra Tereza anunciou a medida nessa quarta (30). Com o recuo, o período de defeso para a atividade não será mais antecipado
JC Online
Publicado em 31/10/2019 às 7:40
 A ministra Tereza anunciou a medida nessa quarta (30). Com o recuo, o período de defeso para a atividade não será mais antecipado Foto: Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem


O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) suspendeu nessa quarta-feira (30) a portaria que proibia a partir desta sexta (1º) a pesca de camarão e lagosta na costa do Nordeste. O documento antecipava também o período de defeso para essas atividades. A decisão foi anunciada pela ministra Tereza Cristina em entrevista à Rádio do Mapa, nessa quarta.

"O Ministério fez isso pelo princípio da precaução. Como nós não sabíamos como era essa mancha, enquanto isso estava sendo analisado, nós suspendemos a pesca em vários estados brasileiros onde esse petróleo chegou", disse Tereza Cristina. "A gente já tem dados mostrando que não é necessário. A lagosta está sendo examinada, o Ministério da Agricultura está fazendo uma série de testes, não há nada que justifique acabar com a pesca agora", completou.

Ainda de acordo com a ministra, o Governo Federal vai fazer o pagamento para os profissionais da pesca afetados pelo vazamento de óleo no litoral do Nordeste, o chamado salário-defeso. "[Os pescadores] receberão por esse período que ficaram sem poder fazer a pesca artesanal, a coleta de mariscos e caranguejos. O Governo Federal, como prometido, vai fazer o pagamento desses dias que não puderam trabalhar e levar para casa o sustento de famílias”, falou a ministra.

Catadores de caranguejos e marisqueiras

Ela explicou que o pagamento deverá beneficiar inclusive os profissionais que não recebiam o benefício na época do defeso, como os catadores de caranguejos e marisqueiras. “Eles também estarão nessa lista recebendo um salário porque eles estão prejudicados na sua atividade principal, no seu ganha-pão”. Os pescadores prejudicados terão direito a um salário mínimo.

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