A taxa de desemprego ficou em 11,6% nos meses de agosto, setembro e outubro deste ano, atingindo 12,4 milhões de pessoas, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (29). Apesar de haver uma redução de 0,2 ponto percentual em relação ao trimestre maio, junho e julho, o órgão considera que houve estabilidade.
Por outro lado, a pesquisa mostrou que a taxa de subutilização da força de trabalho reduziu 0,8 ponto percentual, menor que no trimestre móvel anterior (julho, agosto e setembro), passando de 24,6% para 23,8%.
O número de empregados sem carteira de trabalho no setor privado bateu mais um recorde na série histórica da pesquisa, que começou em 2012, mas representa estabilidade em relação ao trimestre anterior (maio, junho e julho) e alta de 2,4% frente ao mesmo período de 2018. Agora, 11,9 milhões de pessoas trabalham na informalidade.
Outro recorde foi na quantidade de trabalhadores por conta própria, que chegaram a 24,4 milhões de pessoas, com estabilidade frente ao trimestre anterior e alta de 3,9% em relação ao mesmo trimestre do ano passado.
De acordo com a analista da pesquisa Adriana Beringuy, “a estabilidade da taxa de desocupação está relacionada a um crescimento menor da população ocupada no trimestre móvel encerrado em outubro”.
Após crescer 1,3% entre maio e julho, um acréscimo de 1,2 milhão de pessoas ocupadas, o aumento verificado no trimestre que vai de agosto a outubro foi de 0,5%, cerca de 470 mil pessoas a mais. Com isso, o contingente de ocupados passa de 93,6 milhões entre maio e julho para 94,1 milhões entre agosto e outubro.