Mercado de festas infantis cresce no Recife

Para atender a demanda de um público cada vez mais exigente, empresários do ramo investem no serviço diferenciado
Anna Tiago
Publicado em 03/08/2014 às 9:00
Para atender a demanda de um público cada vez mais exigente, empresários do ramo investem no serviço diferenciado Foto: Foto: JC Imagem


As tradicionais festas infantis feitas em casa, apenas com a presença da família e de poucos amigos, vêm sendo substituídas por grandes eventos em espaços destinados às crianças, com capacidade para centenas de convidados. De acordo com dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em Pernambuco, a demanda de pessoas que procuram atendimento para investir nesse ramo está crescendo entre 20% e 24% ao ano.

A expansão desse setor reflete a intensa procura de pessoas que preferem não organizar festas em casa e optam por pagar por serviços de bufês, que oferecem espaço com brinquedos, decoração, recreadores e comes e bebes. No Recife, uma festa infantil pode variar de R$ 2 mil a R$ 8 mil, dependendo da quantidade de serviços oferecidos.

A dentista Junita Coelho, por exemplo, desembolsou R$ 4 mil para realizar a festa de aniversário de cinco anos da neta na próxima semana. “Já fiz uma festa no salão do meu prédio, mas, no fim das contas, a gente também gasta e tem muito mais trabalho. Gasta menos, mas o trabalho não compensa”, garante. 

“A procura é muito grande, todos os dias nós fechamos, pelo menos, um contrato. Já tem mãe que fechou uma festa para daqui a um ano”, diz a empresária Mariana Castro, da Jungle Kids, que conta com seis unidades espalhadas pelo Recife. De acordo com ela, cada casa realiza, em média, 25 festas por mês. “Para você ter ideia de como a procura por festas cresceu, há uns dois anos, uma única casa dava conta de 30 festas por mês. Na Zona Norte, por exemplo, havia umas cinco casas, hoje, são por volta de 15”, ressalta. 

Para atender à demanda de um público cada vez mais exigente, especialistas na área destacam que é preciso investir não somente na infraestrutura mas, principalmente, no serviço diferenciado. Mariana, por exemplo, pesquisou e apostou no rodízio de pizza para os convidados, pioneiro no Recife. “Além do cardápio que oferecemos, com doces e salgados, incluímos esse serviço, comprando máquinas e contratando um pizzaiolo”, conta.

Já Daniel Barros, sócio da Planet Kids, em funcionamento há oito anos e onde são realizadas, em média, 40 festas por mês, está investindo em uma área dedicada aos adultos. “Percebemos que, muitas vezes, os pais ficam um pouco ociosos, então estamos fazendo um mezanino com jogos para adultos e comidas específicas”, diz. O bufê também está se preparando para atender o público infanto-juvenil, com novos brinquedos para crianças a partir dos 11 anos. 

O empresário diz que, apesar do boom de casas de festas infantis, tem visto muitas empresas fecharem as portas por falta de inovação. “Muitas pessoas não estavam preparadas, achavam que era so comprar brinquedos e jogar em uma casa, mas não é. Esse público é exigente e requer uma atenção especial”, afirma.

Leia a íntegra na edição deste domingo (3) do Jornal do Commercio.

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