Advogados de defesa do Pernambuco dá Sorte entram com pedido de habeas corpus

Advogados entraram com pedido em favor dos quatro sócios e do diretor executivo presos pela Polícia Federal
Do JC Online
Publicado em 15/11/2014 às 6:37
Advogados entraram com pedido em favor dos quatro sócios e do diretor executivo presos pela Polícia Federal Foto: NE10


Os advogados da Promobem Pernambuco, que promove o Pernambuco dá Sorte, entraram com um pedido de habeas corpus no Tribunal Regional Federal (TRF) da 5ª Região em favor dos quatro sócios e do gerente da empresa. Os suspeitos foram presos durante a Operação Trevo, da Polícia Federal, que desarticulou uma organização especializada em jogos de azar, loterias e títulos de capitalização que agia em 13 Estados.

De acordo com o advogado do grupo, Alexandre Lustosa, a defesa vai aguardar agora a posição da Justiça rem relação ao pedido. “Nossa prioridade são as pessoas, garantir a liberdade delas. Na próxima semana iremos interpor as medidas visando também a restauração das atividades da empresa”, afirma. 

O habeas corpus impetrado ontem foi em favor de Júlio Emilio Cavalcanti Paschoal Neto, Hermes Coutinho Paschoal, Gustavo Coutinho Paschoal e Cláudio da Rocha Paschoal – irmãos e sócios da Promobem Pernambuco – e Zanone Tavares Pedrosa, gerente da empresa. Segundo a investigação da PF, o grupo seria suspeito de fazer parte de um esquema de fraudes, lavagem de dinheiro, práticas do jogo do bicho, distribuição de máquinas caça-níqueis e emissão de bilhetes de loteria como título de capitalização.

Lustosa afirma que a defesa pedirá “a aplicação da legislação que rege o segmento, que vinha sendo cumprida”. Segundo o advogado, não houve manobra contábil para lavagem de dinheiro. “Nada era escondido. Estamos tranquilos em relação a isso”, completou.

A acusação da PF é que a suposta quadrilha atuava através de loterias estaduais, que deveriam ter 50% dos valores arrecadados destinados à instituições filantrópicas. Entretanto, apenas 1,67% do valor era, de fato, enviado e o restante do dinheiro era encaminhado ao Instituto Ativa Brasil, em Belo Horizonte. 

Em nota oficial publicada ontem, o instituto afirma que “não há irregularidades em relação ao repasse financeiro realizado pelas cessionárias dos direitos dos títulos de capitalização às entidades filantrópicas atendidas pelo Instituto”. O Ativa reforça ainda que “está contribuindo para a investigação e se mantém à disposição para quaisquer esclarecimentos”.

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