O presidente em exercício da Fe[TEXTO]deração das Indústrias do Estado de Pernambuco, Ricardo Essinger, voltou a defender ontem a tomada da concessão da [TEXTO]Transnordestina Logística S. A. (TLSA)[/TEXTO], companhia que executa as obras da ferrovia. “Não adianta em nada o governo federal dizer que vai multar a empresa, porque as multas são pequenas diante do contrato e o atual empreendedor já demonstrou que não tem interesse em implantar o empreendimento.” A reação foi motivada por novo descumprimento de prazo da TLSA, [TEXTO]desta vez de um dos seis trechos entre Salgueiro e Suape, prometido para o último mês de julho. A data havia sido acordada, recentemente, entre o governo federal, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e o Ministério dos Transportes, segundo o Jornal Valor Econômico.
A Ferrovia Transnordestina teve as suas obras iniciadas em junho de 2006 e deveria ter sido concluída em 2010.
A reportagem do JC entrou em contato com as assessorias do Ministério dos Transportes e da ANTT, mas ambas não se pronunciaram. A agência fiscaliza o contrato de concessão.
A ferrovia terá uma extensão de 1.753 quilômetros e vai ligar a cidade piauiense de Eliseu Martins aos portos de Pecém, no Ceará, e o de Suape. É um projeto fundamental para melhorar a logística desses três estados (PE,PI e CE).
Para Essinger, o governo de Pernambuco deveria fazer um entendimento sobre essa obra com o governo federal e tomar a concessão da TLSA. “Não estou defend[/TEXTO]endo uma política partidária, mas uma política de Estado, porque a Fiepe é neutra e não tem partido”, diz, motivado pelo fato de que o senador Armando Monteiro Neto (PT/PTB) é candidato a governador e foi ex-presidente da Fiepe. No começo do seu mandato, a presidente Dilma Rousseff (PT) chegou a ameaçar tomar a concessão, caso a obra não avançasse. “A Transnordestina é a redenção do Araripe. É uma oportunidade que a região deveria ter para realizar o transporte de grãos a preços mais módicos para a avicultura, pecuária etc.”, defende Essinger.
A assessoria de imprensa da TLSA informa que o empreendimento está com 41% de realização e ficará pronto em 2016. “Não acredito nisso. Somente aqui na Fiepe, recebemos, em três ocasiões, presidentes da antiga Companhia Ferroviária do Nordeste (CFN) e da TLSA que informaram prazos não cumpridos”, diz Essinger. Até junho de 2013, só tinham sido concluídos os primeiros 96 km da ferrovia, segundo o 7º relatório do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) divulgado na época.