A Polícia Federal atualizou os números da Operação Trevo: somente em dinheiro em espécie, já foram confiscados aproximadamente R$ 2,5 milhões e US$ 360 mil dólares (cerca de R$ 930 mil). A contagem continua, então esses valores ainda podem subir. Além disso, 19 veículos foram apreendidos, entre modelos de luxo e de médio porte.
A Trevo desarticulou uma organização especializada em jogos de azar, loterias e títulos de capitalização que agia em 13 Estados e tinha como centro o Grupo Pernambuco dá Sorte.
Também de acordo com a PF, já foram cumpridos 19 mandados de prisão, somente no Recife, entre temporários e preventivos. Até o fim da tarde de ontem, 17 pessoas estavam presas na sede da Polícia Federal, na área central da capital. A PF continua sem divulgar os nomes dos envolvidos. Para o interior do Estado, foram cumpridos um total de 27 mandados, entre prisão, sequestro de bens e busca e apreensão.
Segundo o diretor de marketing do Grupo Pernambuco dá Sorte, Edmar Falcão, cinco pessoas ligadas ao negócio estão presas: os quatro irmãos sócios e o diretor executivo. Falcão também não citou nomes.
Ele garantiu que os funcionários do grupo serão pagos normalmente e que não há previsão de demissão. Mas frisou que os consignatários, por estarem proibidos de vender títulos de capitalização, estão sem renda no momento.
Sobre a situação de clientes que adquiriram títulos nesta semana, Falcão afirmou que todos serão ressarcidos integralmente, numa data e local a serem divulgados. A empresa está avaliando como será a logística. Ele não soube dizer de quantas pessoas se tratava. “Os ganhadores do domingo passado também receberão normalmente e já estão sendo contactados”, acrescentou. Quem tiver dúvidas pode entrar em contato com o call center do grupo, no 4020.2347.
O advogado do Pernambuco dá Sorte, Alexandre Lustosa, informou que, devido à extensão do material e à necessidade de análise com cuidado de toda a documentação, a distribuição de peças, prevista para ontem, só deve acontecer hoje. A prioridade, segundo ele, continua sendo os habeas corpus e, em segundo lugar, o pedido para retorno das atividades. “A ação foi absurda no sentido da paralisação e ainda mais absurda no que tange à decretação das prisões”, argumentou.