Após uma audiência que durou mais de cinco horas, a juíza da 1ª Vara do Trabalho de Ipojuca, Josimar Mendes, homologou acordo entre a Alumini Engenharia (antiga Alusa) e o Sindicato dos Trabalhadores na Construção Pesada em Pernambuco (Sintepev-PE) nesta quarta-feira (10). A empresa tem um prazo até o próximo dia 17 para depositar em juízo R$ 116,4 milhões, que serão transferidos para as contas bancárias dos 4.800 funcionários.
A boa notícia para os trabalhadores foi o reconhecimento de uma dívida de R$ 43,4 milhões da Petrobras com a Alumini. Esse dinheiro, junto com outros R$ 2,4 milhões já depositados em juízo (somando R$ 45,8 milhões), será usado para antecipar parte dos débitos trabbalhistas. Hoje, durante reunião da Diretoria Executiva da Petrobras, no Rio de Janeiro, será apresentado os termos do acordo fechaod entre Alumini e Sintepav e discutida a possibilidade de a companhia arcar com os créditos restantes (R$ 70,6 milhões).
Durante a audiência, os advogados da Petrobras fizeram questão de frisar que a companhia só reconhece uma dívida de R$ 43,4 milhões com a Alumini, mas estaria disposta a complementar os valores devidos aos trabalhadores com aporte próprio para minimizar a comoção social.
O presidente do Sintepav, Aldo Amaral, diz que ficou satisfeito com o resultado do acordo. "Esses mais de R$ 43 milhões na conat vão permitir um pagamento parcial dos trabalhadores. Isso é importante porque permite que muitos migrantes voltem para seus Estados de origem com parte do débito recebido e com um acordo firmado judicialmente", observa.
A partir desta quinta-feira (11), o sindicato e a Alumini iniciam a baixa na carteira profisisonal dos funcionários. Às 7h, o Sintepav faz uma assembleia no Estádio Gileno Di Carli, no Cabo de Santo Agostinho para informar os trabalhadores sobre o resultado da audência e, a partir das 8h, começam a dar baixa nas carteiras.
O acordo entre as empresas foi celebrado na última sexa-feira (05/11), mas não foi homologado pela juíza. O acordo só foi homologado nesta quarta-feira, com uma série de alterações e inclusões de cláusulas. O primeiro acordo tinha 22 cláusulas e o atual fechou com 37.