Vendas do Dia das Mães serão mais fracas este ano

Pesquisa da Fecomércio e do Sebrae mostra também quais serão os presentes mais procurados
editoria de Economia
Publicado em 01/05/2015 às 11:02
Pesquisa da Fecomércio e do Sebrae mostra também quais serão os presentes mais procurados Foto: JC Imagem


Era para ser a primeira data comemorativa do ano a movimentar o caixa, mas o Dia das Mães, principal evento para o comércio depois do Natal, deverá ser desanimador para os varejistas. Pesquisa do Instituto Fecomércio em parceria com o Sebrae Pernambuco mostra que menos consumidores estão dispostos a ir às compras. Outro dado é que a previsão é vender 0,9% menos do que em 2014. Em nível nacional, a Confederação Nacional do Comércio (CNC) estima que será o Dia das Mães mais fraco desde 2004.

A pesquisa do Instituto Fecomércio ouviu 2.430 pessoas, 63% delas consumidores e o restante empresários, em oito cidades da Região Metropolitana do Recife. No geral, houve uma leve redução no ânimo dos filhos para a comemoração: em 2013, a proporção de pessoas que pretendia celebrar de alguma maneira era de 82,4%, parcela que se reduziu para 81,8% no ano passado e agora está em 78,4%.

Por outro lado, quando se trata especificamente de dar presentes, a intenção subiu de 80,5% em 2014 para 86,2% em 2015, embora o tíquete médio (valor que se pretende gastar com a compra de produtos e/ou serviços) tenha caído de R$ 179 para R$ 176 em um ano.

Um dado que chama a atenção é que, entre os que não devem comemorar, 30,4% alegaram que o motivo de desânimo é estarem endividados. “Esse era um dado já esperado, uma vez que o cenário desfavorável aumenta o endividamento, cujo principal motivo é comprometimento via cartão de crédito”, pontua o economista do Instituto Fecomércio, Rafael Ramos. Ele acredita que a retração nas vendas das mães seja fruto, principalmente, dos ajustes do governo federal. “As outras datas comemorativas não deverão ser tão afetadas.”

A pesquisa aponta ainda que, na hora de presentear, os itens preferidos serão vestuários e acessórios (35,5% das intenções), perfumes e cosméticos (25,4%), calçados e acessórios (20,5%), eletroeletrônicos (13,2%) e bijuterias (5,1%). “Com essa pesquisa ainda dá tempo de o empresário ter ferramentas para potencializar as vendas, com melhores estratégias de contratações e promoções”, aconselha o economista.

Na avaliação da CNC, em todo o Brasil o avanço das vendas para o Dia das Mães será de apenas 0,5% sobre 2014, pior resultado desde 2004.

Veja a pesquisa completa

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