Na contramão da crise econômica, o comércio pela internet apresentou um crescimento expressivo no primeiro semestre de 2015, chegando a 16% (algo em torno de R$ 18 bilhões), de acordo com dados da Confederação Nacional do Comércio. Apesar disso, 60% das pessoas entrevistadas em uma pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Pernambuco (Fecomércio PE) nunca compraram produtos pela internet no Estado.
Para o economista Rafael Ramos, isso significa a possibilidade de expansão deste tipo de comércio, principalmente no Recife. "O custo de manutenção é mais baixo e tem impacto na venda do produto. Isso facilita o crescimento desse setor", afirma Ramos. A opção do e-commerce tem sido adotada por empresários tanto para reduzir as despesas do negócio tradicional ou simplesmente como alternativa para gerar mais renda.
Com um aparelho celular nas mãos e com ajuda das redes sociais, a empresária Carla Lira vende roupas pela internet e faz tudo, praticamente, sem sair de casa. Recém formada, ela tem encontrado no e-commerce uma saída tão rentável quanto os projetos de engenharia. O comercio na internet também é levado a sério pelo empresário Marco Antônio, que já teve um espaço físico para venda dos produtos importados, mas conseguiu reduzir os custos mantendo os negócios on-line.
O site que gerencia na internet é especializado em brinquedos, réplicas e produtos licenciados, direcionados a colecionadores e apaixonados por cinema. Marco trabalha em casa e divulga tudo na página on-line, nas redes sociais e em canais de vídeos. Assim como a confeiteira Bruna Damaso, que há três anos trabalha nesse ramo e que incrementou o negócio com a ajuda da internet. "Cresceu uns 80% depois que eu comecei a usar as redes sociais", comemora Damaso.