Os bancários de Pernambuco, exceto os da Caixa Econômica Federal, decidiram encerrar, na noite desta quinta-feira (6), a greve da categoria que se estendia desde o dia 6 de setembro, a maior paralisação do grupo desde 2004. A partir desta sexta (7), portanto, todas as agências do Estado voltam a funcionar normalmente.
Leia Também
- No Recife, juíza determina abertura de bancos para pagamento de alvarás
- Bancários devem recorrer sobre determinação do TRT para que bancos abram por duas horas durante greve
- Bancários têm que respeitar os direitos da população, diz OAB-PE
- Bancários participam de audiência de conciliação após convocação da Justiça
- Greve dos bancários já dura 23 dias, a maior desde 2004
- Pagamento de alvarás gera impasse entre OAB-PE e bancários
- Bancários rejeitam proposta da Fenaban e decidem continuar greve
- OAB-PE pede multa diária de R$ 100 mil para bancários
- Sindicato dos Bancários afirma que pedido da OAB-PE é equivocado
- OAB pede prisão de presidente do sindicato dos bancários de Pernambuco
- Justiça nega pedido de prisão de presidente do sindicato dos Bancários de Pernambuco
- Greve dos bancários completa 30 dias
- Sindicato dos Bancários realiza ato de repúdio contra a OAB-PE
- BTG: greve dos bancários quase não afeta gestão de liquidez dos bancos
- OAB-PE se manifesta sobre ato de repúdio do Sindicato dos Bancários
- Greve dos bancários multiplica problemas
- Greve dos bancários pode terminar nesta quinta em todo o país
- Só a Caixa não sai da greve dos bancários em Pernambuco
Enquanto seguir com a greve, a Caixa Econômica Federal deverá manter quatro agências funcionando das 10h às 12h para o pagamento de alvarás, conforme foi acordado com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em juízo. Seguindo a Lei de Greve, o banco também deve manter ao menos 30% do atendimento no Estado.
Os trabalhadores aceitaram a proposta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), que ofereceu reajuste salarial de 8% e um abono de R$ 3,5 mil. A federação também se comprometeu a dar um aumento de 10% no vale-refeição e no auxílio-creche-babá, e de 15% no vale-alimentação dos funcionários. Todos os dias que os bancários ficaram parados serão abonados pelos bancos.
O acordo proposto pelos bancos tem validade de dois anos. Para 2017, os salários serão reajustados pela inflação (INPC/IBGE), mais 1% de aumento real.
Os bancários reivindicavam reajuste de 14,78%, sendo 5% de aumento real, considerando inflação de 9,31%; participação nos lucros e resultados (PLR) de três salários acrescidos de R$ 8.317,90; piso no valor do salário-mínimo do Dieese (R$ 3.940,24), e vales-alimentação, refeição, e auxílio-creche no valor do salário-mínimo nacional (R$ 880). O grupo também reivindicava 14º salário, fim das metas abusivas e do assédio moral.
Os bancos chegaram a propor um reajuste de 7% durante as assembleias ocorridas nos dias 9 e 28 de setembro, o que não foi aceito pelos bancários, que decidiram manter a greve.