O preço do aluguel de imóveis sofreu uma queda real (quando se considera a inflação para o período) de 8,95% no Brasil ao longo de 2016. O percentual revelado pelo Índice FipeZap vai de encontro ao aumento de 6,88% do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), indicador usado como referência para o reajuste nos valores dos alugueis. Diante desse impasse, a recomendação dos especialistas é que inquilinos tentem negociar possíveis aumentos pedidos por proprietários, já que o mercado ruim não dá margem para reajustes.
“O IGP-M aumentando ou diminuindo tem reflexo no preço do aluguel. Mas, nesse momento que estamos vivendo, ainda há uma recessão e até os donos dos imóveis estão evitando cobrar mais”, explica o professor de economia da Faculdade dos Guararapes, Roberto Ferreira.
Ele destaca ainda que a manutenção dos preços podem ser interessantes também para os proprietários. “Se você tem um bom inquilino, não vai querer aumentar e correr o risco de perder”. Por isso, vale mais a cautela e aguardar o momento para que haja margem necessária para novos reajustes.
Segundo a série histórica do Índice FipeZap, 2016 foi o segundo ano consecutivo em que houve queda no preço médio dos imóveis alugados no Brasil. A pesquisa é feita mensalmente em 11 grandes cidades do País, incluindo o Recife. O acompanhamento dos preços é feito através de novos anúncios de imóveis para aluguel na internet.