A Pandenor Importação e Exportação está investindo R$ 70 milhões na expansão da capacidade do seu parque de armazenagem de combustíveis no Porto de Suape. Com o aporte, a empresa vai construir oito novos tanques e aumentar a atual capacidade de 62 mil para 122 mil metros cúbicos. A previsão é inaugurar a expansão em julho de 2018. A operação foi autorizada pela Secretaria Especial de Portos (SEP) e publicada pelo Diário Oficial da União no mês passado.
Além da ampliação, a União também aprovou a prorrogação do período de arrendamento da Pandenor com Suape por mais 25 anos. Com o novo prazo, o contrato se estenderá até janeiro de 2044. Além da Pandenor, a Decal também solicitou autorização da SEP para ampliar seu parque em mais 230 mil m³, mas ainda aguarda um posicionamento.
“O investimento na ampliação vai nos permitir modernizar e otimizar o terminal para atender à crescente demanda do mercado interno”, explica o superintendente da Pandenor, Paulo Perez Filho. Durante a fase de obras, serão gerados 200 empregos e outros 40 devem ser contratados para operar os novos tanques. Inaugurado em 2000, o terminal é alfandegado, o que possibilita a importação e exportação de granéis líquidos. Hoje o terminal armazena gasolina, diesel, etanol e querosene de avião, que são redistribuídos, a partir de Suape, para o mercado nordestino. Em 2016, o terminal foi responsável pela movimentação de 416,9 mil toneladas desses combustíveis no porto.
“As empresas estão aproveitando a oportunidade no setor de combustíveis, em função ds preços atrativos da gasolina no mercado internacional. Atualmente o parque de tancagem de Suape é deficitário, por isso as empresas estão solicitando ampliações e a tendência é que essas oportunidades cresçam com a operação completa do primeiro trem da refinaria (Abreu e Lima) e da perspectiva de conclusão do segundo trem”, observa o diretor de Gestão Portuária de Suape, Paulo Coimbra.
Suape conta com um parque de granéis líquidos com capacidade para armazenar 700 mil m³ e integrado pelas empresas Decal, Pandenor, Ultracargo, Transpetro, Temape e Bunge (este último movimentando óleo vegetal). “Por sua localização geográfica privilegiada, Suape é naturalmente um hub de movimentação de granéis líquido para o Nordeste”, destaca Coimbra.
A movimentação de granéis sólidos garante a Suape a liderança entre os portos públicos brasileiros nesse tipo de carga. Em 2016, o segmento representou 72% da movimentação total do porto, que fechou em 22 milhões de toneladas, cravando recorde e superando em 15% o resultado do ano anterior. No exercício passado, 17,28 milhões toneladas de granéis líquidos passaram pelo porto, registrando um aumento de 21,8% em relação a 2015.
“A tendência é de que nos próximos anos os granéis líquidos continuem sendo destaque, em função da ampliação dos parques das empresas instaladas e da consolidação da refinaria. Mas também estamos interessados na diversificação das cargas. No ano passado, os veículos (movimentados pala FCA, GM e VW) foram destaque e com a conclusão da ferrovia Transnordestina teríamos um impulso nos granéis sólidos (com o minério de ferro)”, pontua Coimbra.