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Suape teve queda de 14% na movimentação de cargas em 2021, mas manteve a liderança nacional em combustíveis e na cabotagem

Porto também fortaleceu sua posição como maior hub de contêineres do Norte e Nordeste do País, ao alcançar o topo do ranking entre portos públicos das duas regiões

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JC

Publicado em 03/02/2022 às 17:09 | Atualizado em 03/02/2022 às 17:22
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O Complexo Industrial Portuário de Suape encerrou o ano de 2021 com destaque na movimentação de cargas, na comparação com outros portos do Brasil. O atracadouro pernambucano finalizou o período na liderança nacional da movimentação de granéis líquidos (derivados de petróleo) e na navegação por cabotagem (entre portos do mesmo país). Além disso, Suape também fortaleceu sua posição como maior hub de contêineres do Norte e Nordeste do País, ao alcançar o topo do ranking entre portos públicos das duas regiões. Os dados divulgados pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), com o balanço de 2021, apontam para uma queda de 14% na movimentação de cargas de Suape, que saiu de 25,6 milhões para 22 milhões de toneladas, graças a uma parada para manutenção da Refinaria Abreu e Lima.

Mesmo com a manutenção obrigatória que a Petrobras precisou realizar na Refinaria Abreu e Lima (Rnest) no ano passado, que resultou em queda na movimentação geral em Suape, o porto manteve a liderança no ranking das operações de granéis líquidos entre todos os atracadouros do Brasil. O complexo registrou um total de 14,9 milhões de toneladas movimentadas em 2021, contra 14,3 milhões do Porto de Santos, e dos 9,8 milhões que passaram pelo Porto do Itaqui (MA). Os granéis líquidos representam 67,8% de toda a carga movimentada em Suape.

Outro destaque dos números foi a navegação por cabotagem. Das 22 milhões de toneladas movimentadas por Suape no ano passado, 13,9 milhões tiveram como origem ou destino outros portos do Brasil. Assim como nos granéis líquidos, a vice-liderança do ranking nacional ficou com o Porto de Santos (SP), com 13,1 milhões de toneladas, e o terceiro lugar com o Porto de Vila do Conde (PA), com 5,6 milhões.

Na movimentação de contêineres, Suape consolidou-se como o principal hub da carga nas regiões Norte e Nordeste do país. Em 2021 foram 518.581 TEUs (medida de um contêiner de 20 pés), recorde absoluto da história no porto pernambucano. Na sequência, aparecem o Porto de Salvador (BA), com 353.327 TEUs, e o Porto de Vila do Conde (PA), com 109.464 TEUs. O acréscimo no volume em relação a 2020, em Suape, foi de 7,1%.

Além destas, outras cargas também tiveram desempenho positivo em 2021. A movimentação de veículos teve um acréscimo de 20%, passando de 39.922 unidades para 47.841. A carga geral solta, que inclui produtos e materiais não conteinerizados, como chapas de aço, açúcar ensacado, veículos, pás eólicas, entre outros, registrou um incremento de 22%, com um total de 492.927 toneladas. Já os granéis sólidos (trigo e coque) computaram um crescimento de 22,3%, com um total de 719.174 toneladas.

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