O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou empréstimo de R$ 252,1 milhões para o início da primeira fase da construção de uma fábrica de medicamentos, no Complexo de Suape, no município do Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife. O lançamento da pedra fundamental da obra ocorreu nesta terça-feira (7).
O financiamento equivale a 77,7% do investimento necessário à primeira etapa, a um custo de R$ 325,8 milhões, que deverá saltar para R$ 500 milhões ao final do projeto. A fábrica vai gerar cerca de 500 empregos qualificados e cerca de 2.500 empregos indiretos na região.
A implantação da nova fábrica vai demandar um investimento de R$ 500 milhões, sendo o empreendimento privado de maior valor anunciado em 2016, segundo informações do governo do Estado. “Esse é mais um passo para consolidar Pernambuco como um hub de distribuição das regiões Norte e Nordeste. Será um polo diferenciado e sabemos que, a partir da instalação dessa fábrica, a cadeia de remédios começará a ter um olhar diferenciado para o Estado, atraindo mais investimentos”, afirmou Paulo Câmara durante o evento.
“A implantação dessa fábrica está dentro do plano de crescimento da empresa que prevê dobrar o faturamento líquido a cada cinco anos”, diz o diretor de operações do Aché Adriano Alvim.
Segundo ele, a implantação de uma fábrica em Suape é importante para a empresa crescer no Norte e Nordeste e será uma plataforma também a ser usada para exportar a partir do porto de Suape. “A nossa previsão é de iniciar a operação em 2019, embora a fábrica esteja construída até o final de 2018”, afirma Alvim. Há uma diferença entre a conclusão da obra civil e a entrada em operação, porque na fabricação de medicamentos é necessário um tempo para a validação dos remédios que passam por várias certificações antes de chegar ao consumidor, inclusive as exigidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A fábrica do Aché em Suape vai produzir medicamentos sólidos (comprimidos) e quando estiver em plena operação, em 2021, deve aumentar a capacidade produtiva da companhia em cerca de 50% no País. A empresa produz mais de 350 marcas de remédios. “Grande parte será produzida localmente”, conta Alvim.
Atualmente, toda a produção do Aché no Brasil sai de quatro fábricas: a de Guarulhos – onde fica a sede da companhia – e mais três unidades nas seguintes cidades: São Paulo, Londrina (no Paraná) e Anápolis, em Goiás.