Na manhã desta terça-feira (28), os vendedores da Central de Abastecimento do Estado de Pernambuco (Ceasa-PE), no bairro do Curado, no Grande Recife, voltaram a comercializar hortaliças, itens que haviam desaparecido dos boxes nos últimos dias, devido à greve dos caminhoneiros. Contudo, a situação do local ainda não está normalizada. Normalmente, na Ceasa chegam cerca de 500 caminhões por dia e somente nesta terça, apenas 200 reabasteceram os quiosques. E segundo o presidente da Ceasa, Gustavo Melo, o estoque de alguns produtos começou a faltar, entre eles, o da batata inglesa e laranja.
"A cada dia que passa tem algum problema no estoque. Entre eles, a batata inglesa e a laranja são os produtos com a situação mais séria. Mas ainda tem a situação da cebola, entre outros produtos", explicou Gustavo.
Com relação a expectativa de normalizar o estoque, o presidente é bem claro que tudo depende do desbloqueio das estradas. "Tudo depende do desbloqueio das estradas, já que a mercadoria é daquela que apodrece. Será preciso entre 7 à 10 dias para normalizar", contou. "Os reflexos também são sentidos com os clientes, que estamos recebendo apenas 50% nesses últimos dias", acrescentou.
Os protestos de caminhoneiros nas estradas que dão acesso ao Estado provocaram desabastecimento e alta de preços na Ceasa, o principal centro de distribuição de alimentos do estado.
O presidente da Ceasa, Gustavo Melo, explica que o aumento é normal, a partir do momento em que os produtos vão acabando e o estoque não vai sendo reabastecido. "Por exemplo, o número dos veículos que trazem as frutas e verduras, caiu cerca de 60% nesta semana", contou o presidente da Ceasa-PE.
O JC entrou em contato com o centro de abastecimento e a escassez fez preços de alguns alimentos quadruplicarem. Entre eles a cenoura, que passou de R$2 para R$4, a batata inglesa, que de R$2 foi para R$7 e o quilo do tomate passou de R$ 2 para R$4,50.