A partir do mês de novembro, a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) deve tirar do papel a construção de mais uma adutora em Pernambuco. Ao custo de R$ 32 milhões, por meio de empréstimo firmado entre o Estado e o FGTS, o Novo Sistema Adutor de Custódia, no Sertão, deverá levar água do Rio São Francisco direto para as torneiras da cidade.
De acordo com o presidente da Compesa, Roberto Tavares, a obra será suficiente para tirar os cerca de 36 mil habitantes do município da dependência das chuvas. “Iremos aproveitar a mesma estrutura de captação da Adutora do Moxotó. A cidade de custódia já tem uma barragem, mas não aguenta um ano sem chuva. Com a conclusão da obra, teremos água durante todos os meses no município”, diz Tavares.
Embora já esteja em fase final do processo licitatório e com uma empresa (ainda não revelada) já vencedora, a obra, caso seja iniciada em novembro, deve ser concluída em meados do fim de 2019. O serviço consiste na construção de uma estação elevatória (sistema de bombeamento), no distrito de Rio da Barra, em Sertânia, da adutora de 23 quilômetros de extensão, às margens da BR-232, e de uma nova estação de tratamento de água - com capacidade para tratar até 85 litros de água por segundo - o que, segundo a Compesa, é suficiente para atender o município. Custódia conta atualmente apenas com o manancial de Marrecas, que tem a capacidade de armazenar 21 milhões de metros cúbicos de água, mas está em pré-colapso.
Além dessa adutora, a companhia também mantém em obras as adutoras de Serro Azul, do Alto Capibaribe e Moxotó, essa última faz o mesmo traçado do Ramal do Agreste, que deveria captar água do Eixo Leste da Transposição a partir de Sertânia e levar até Arcoverde, mas só deve ser concluída pelo Governo Federal em 2020.
Como alternativa ao Ramal, a adutora do Moxotó, que pode transportar 450 litros por segundo, está em fase operacional e já abastece com água do Rio São Francisco cerca de 75 mil pessoas no município de Arcoverde, no Sertão. O próximo passo, segundo a própria Compesa, é fazer com que a água chegue até Pesqueira, antes do sistema adutor encontrar o começo da Adutora do Agreste, obra que carece do repasse de recursos federais.
“Moxotó já está numa fase operacional, mas funcionando com abastecimento só para Arcoverde. A perspectiva é de chegar água em pesqueira até o fim de semana que vem, depois levaremos água para Sanharó, Belo Jardim, Tacaimbó e São Caetano”, confirma Tavares.