Durante a manhã desta terça-feira (11), os funcionários da Qualiman Engenharia e Montagens se reuniram em frente à Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em uma assembleia, para discutir as questões deixadas em aberto após a rescisão da empreiteira com a Petrobras, que resultará na demissão de 1.200 pessoas. Entre as reivindicações, estão o pagamento do 13º salário e o direito de pegar pertences que ficaram dentro da refinaria.
O Sindicato dos Trabalhadores na Construção Pesada de Pernambuco (Sintepav-PE) informou que a empresa se comprometeu a pagar a primeira parcela do 13º salário na primeira quinzena de dezembro, até o dia 14, e a outra parcela na segunda quinzena do mês. No entanto, diante da rescisão, os trabalhadores temem não receber o dinheiro e o sindicato optou por entrar com uma medida cautelar para pedir o bloqueio das verbas que entrarem das obras da Qualiman, como forma de garantir o pagamento dos funcionários.
A empreiteira, por sua vez, responsabiliza a Petrobras pela situação - que também está sendo cobrada pelo Sintepav-PE. Contratada em março do ano passado para terminar a obra da Unidade de Abatimento de Emissões Atmosféricas (SNOX) da Rnest, a Qualiman alegou que a petrolífera teria descumprido o contrato e acumulado um débito de R$ 104 milhões com a empresa. O cancelamento do contrato vai significar a demissão dos 1,2 mil funcionários da obra.
Uma nova assembleia será realizada na próxima segunda-feira (17), caso o pagamento do 13º salário não seja realizado até o dia 14, como diz o acordo.
Além do dinheiro, os trabalhadores afirmam que há bens pessoais seus retidos dentro da refinaria e que eles estão proibidos de entrar. Entre os objetos que ficaram para trás estão até mesmo máquinas de solda que eram propriedade de alguns funcionários.