A taxa de desemprego do Recife, em Pernambuco, é a maior de todas as capitais do Brasil para o terceiro trimestre (julho, agosto e setembro). É o que diz a Pesquisa por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgada nesta terça-feira (19). Neste trimestre de 2019, a taxa da cidade chegou a 17,4%, mesmo valor de Macapá, no Amapá.
As cidades do Recife e de Macapá são seguidas pelas capitais Manaus - AM (17,2%), São Luís - MA (15,7%) e Aracaju - SE (15,5%). A capital com a menor taxa de desemprego do Brasil é Goiânia, em Goiás, com 6,3%.
No meses de julho, agosto e setembro do ano passado a taxa era de 16,5% no Recife. Ou seja, subiu 0,9 ponto percentual em 2019.
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A Região Metropolitana do Recife (RMR) tem a pior taxa de desemprego das 20 regiões metropolitanas analisadas no terceiro trimestre (julho, agosto e setembro), com taxa de desocupação de 18,1%. Para o mesmo trimestre do ano passado, o valor era de 18,7%.
O Grande Recife é seguido pelas regiões metropolitanas de Macapá - AM (17,4%), Aracaju - SE e Salvador - BA (16,7), e Grande São Luiz - MA (16,2%). A menor taxa entre as regiões metropolitanas é a de Florianópolis, em Santa Catarina, com 8%.
Em âmbito nacional, o desemprego caiu para 11,8% neste terceiro trimestre, o que se configura a menor taxa média registrada nos meses de julho, agosto e setembro desde o ano de 2016. Houve uma redução de 0,2 ponto percentual frente ao 2° trimestre de 2019 (12,0%), e estabilidade em relação ao mesmo trimestre de 2018 (11,9%).
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As maiores taxas de desemprego foram observadas na Bahia (16,8%), Amapá (16,7%), e em Pernambuco (15,8%) e as menores em Santa Catarina (5,8%), Mato Grosso do Sul (7,5%) e Mato Grosso (8,0%).
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Em Pernambuco, o desemprego se manteve estável neste trimestre de 2019 e o Estado permanece com a terceira maior taxa de desemprego do país quando comparada ao último trimestre deste ano, com 15,8%.
Em relação aos meses de julho, agosto e setembro de 2018, onde a taxa chegou a 16,7%, Pernambuco reduziu 1,1 ponto percentual neste ano.
Diferente da tendência nacional, o rendimento médio do pernambucano apresenta queda. Ele recebeu por todos os trabalhos, em média, R$1.640 por mês no terceiro trimestre de 2019 (julho, agosto e setembro). Valor menor que o trimestre anterior (abril, maio e junho), onde recebia R$1.706, e menor que o mesmo trimestre do ano passado, média de R$1.682 por mês. Ou seja, houve queda de 3,8% do segundo para o terceiro trimestre de 2019, e queda de 2,5% em relação ao mesmo trimestre do ano passado.
O Brasil bate recorde de trabalho informal e tem a maior taxa desde o início da série histórica da PNAD, iniciada em 2012. Dos trabalhadores, 26% estão trabalhando por conta própria. O número é ainda maior para Pernambuco, no estado são 27,8% dos trabalhadores nesta condição.
É chamado de desempregado aquele que está procurando emprego, mas não acha. E de desalentados os que já desistiram de procurar.
O número de desalentados no 3º trimestre de 2019 foi de 4,7 milhões de pessoas de 14 anos ou mais. Os maiores contingentes estavam na Bahia (781 mil) e no Maranhão (592 mil) e os menores em Roraima (17 mil) e Amapá (19 mil).
O percentual de pessoas desalentadas (em relação à população na força de trabalho ou desalentada) no 3º trimestre de 2019 foi de 4,2%. Os maiores percentuais estavam no Maranhão (18,3%) e Alagoas (16,5%) e os menores em Santa Catarina (1,1%), Rio Grande do Sul (1,3%) e Distrito Federal (1,3%).