Quarteto ofensivo marcou 62% dos gols da seleção na 'Era Tite'

Gabriel Jesus (10 gols), Neymar (9), Philippe Coutinho (6) e Willian (4)
Filipe Farias
Filipe Farias
FILIPE FARIAS
Publicado em 15/06/2018 às 8:07
Gabriel Jesus (10 gols), Neymar (9), Philippe Coutinho (6) e Willian (4) Foto: Foto: Pedro Martins/ MOWA PRESS


Um quarteto de impor respeito. O Brasil vai com artilharia pesada para cima da Suíça, domingo, às 15h (horário de Brasília), na estreia da Copa do Mundo da Rússia. Isso porque o técnico Tite já confirmou a presença de Gabriel Jesus (10 gols), Neymar (9), Philippe Coutinho (6) e Willian (4). Os quatro juntos fizeram 29 gols dos 47 marcados pela seleção na Era Tite, o que representa 62% das vezes que o time balançou as redes.

Mesmo com todo esse poderio ofensivo, o artilheiro do time canarinho sob o comando do ex-corintiano fez questão de dividir os méritos com o restante dos companheiros e afirmou que a força do Brasil vai além do quarteto. “Os números até apontam isso (importância dos quatro), mas hoje o coletivo do Brasil é muito forte e estamos mostrando isso nos jogos. Mesmo aqueles jogadores que não jogam ajudam bastante. O professor quando substitui, o nível do time continua o mesmo ou até melhora. Se o ataque está fazendo os gols é porque tem outros atletas que roubam a bola, como Casemiro e Fernandinho, por exemplo. Para a bola chegar limpa lá na frente, quem vem de trás tem de dar um bom passe. Acho que o coletivo que está se sobressaindo”, opinou Gabriel Jesus.

Quem também tem sido fundamental no esquema tático da seleção brasileira é o volante Paulinho. O jogador do Barcelona tem total liberdade em campo e, por vezes, sempre chega na frente como homem surpresa. E tem funcionado. Já são sete gols marcados pelo camisa 15 desde que Tite assumiu o comando da equipe do Brasil.

O treinador, por sinal, já assegurou que a escalação diante dos suíços será a mesma que bateu a Áustria no último amistoso antes da estreia no Mundial, com: Alisson; Danilo, Thiago Silva, Miranda e Marcelo; Casemiro; Paulinho, Coutinho, Willian e Neymar; Gabriel Jesus.

A formação mais ofensiva, no entanto, não é vista como um problema para o camisa 9. “Temos de voltar para marcar, ajudar a equipe. Uma roubada de bola, uma pressão que se faz lá na frente, acaba contando muito para o time na hora de retomar a posse de bola. Todos os jogadores vêm mostrando que podemos jogar com a bola, mas que sem ela também temos condições de sermos eficientes e nos doarmos ao máximo para ajudar na marcação”, comentou Gabriel.

Apesar de ser o principal matador da Era Tite, Jesus garante que não tem pretensão de disputar a artilharia da Copa do Mundo. “Meu foco é outro. Quero ajudar a equipe de alguma forma. Seja com gols, assistências, dando carrinho... Quero ajudar. Meu foco é no coletivo. Acredito que o nosso coletivo tem funcionado bem. Quando isso acontece o individual aparece. A artilharia é consequência”, comentou.

COMPARAÇÃO

O atual quarteto ofensivo do Brasil já começa a ser comparado com outro ataque poderoso que o Brasil teve em Copas: Ronaldinho Gaúcho (ex-Barcelona), Kaká (ex-Milan), Adriano (ex-Internazionale) e Ronaldo (ex-Real Madrid). Assim como em 2006, os quatro jogadores brasileiros chegam ao Mundial após uma excelente temporada por seus clubes: Neymar (PSG), Gabriel Jesus (Manchester City), Willian (Chelsea) e Philippe Coutinho (Liverpool/ Barcelona).

Questionado sobre fazer história ao lado dos companheiros, Jesus preferiu enaltecer aqueles que vestiram a amarelinha. “Cada um tem sua história e elas não podem ser apagadas. Quero colocar o meu nome na história do Brasil, mas sem apagar a dos outros. Temos de reconhecer os nossos ídolos. Tenho certeza que estão torcendo por nós”, declarou Jesus.

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