Começa neste sábado (16) a última chance de Messi brilhar em Copas do Mundo. Querendo encerrar 25 anos sem títulos de expressão, a Argentina estreia hoje contra a Islândia, a partir das 10h, no Spartak Stadium. Com 30 anos, o astro argentino até terá idade para jogar no Catar, em 2022, mas deixou nas entrelinhas que, se o título escapar novamente, não retorna mais para a maior competição do mundo daqui a quatro anos.
O atacante aterrissou na Rússia no sábado passado (9) à noite. Chega para sua quarta Copa do Mundo. Em 2006, como reserva, e em 2010, já como protagonista, ficou nas quartas de final para Alemanha. No Brasil, outra derrota para os alemães, esta de forma ainda mais dramática: na final.
“Depende de como nós iremos e terminaremos. O fato de passarmos por três finais sem vencer nos fez viver momentos complicados com a imprensa da Argentina, pelas diferenças de ver o que significa chegar à uma final”, afirmou Messi, em entrevista ao jornal Sport.
Mais uma vez, o astro argentino chega após outra temporada iluminada na Europa. Pelo Barcelona, apesar da eliminação nas quartas de final da Liga dos Campeões, teve mais um ano de goleador, com 45 gols em 54 jogos e novo título no Campeonato Espanhol.
Para a Copa, o camisa 10 colocou Espanha, Brasil, Alemanha, França e Bélgica como favoritos. “Existem vários que chegam com muita confiança, com jogo coletivo e grandes peças. Casos de Espanha, Brasil, Alemanha, França e Bélgica, apesar de não se falar muito desta última. Essa seleção tem muitos bons jogadores e a experiência do último Mundial. Será uma Copa equilibrada”, destacou.
Para além de Messi, Jorge Sampaoli tentará finalmente fazer a equipe argentina engrenar. Desde que assumiu, em junho de 2017, os hermanos ainda não conseguiram ficar “na ponta dos cascos”. Para Sampaoli, a hora chegou. “Parece que chegamos ao ponto que a equipe chega consolidada com uma ideia e muito bem preparada. Espero uma Argentina decidida, com muitos valores para demonstrar que segue sendo uma potência futebolística”, indicou o comandante argentino.
No lado islandês, o coletivo vai tentar surpreender a Argentina. Claro que Messi é uma preocupação, mas não será a única. “Não tenho nenhuma fórmula mágica (para parar Messi). Todos tentaram e ele sempre encontrou um jeito para marcar. É um dos melhores jogadores do mundo. Tudo que fizermos será feito juntos. Tentaremos como equipe”, comentou o técnico Heimir Hallgrímsson.
Para tentar frear o poderoso ataque argentino, com Messi, Di María e Aguero, o treinador apostará na força da defesa, nas jogadas de bola parada e no talento de Gylfi Sigurdsson para iniciar os contra-ataques de uma equipe pronta para deixar sua marca no Grupo D, no qual também se encontram Croácia e Nigéria. Sigurdsson é jogador do Everton e grande destaque do time europeu.
“Para nós, é o maior jogo de nossas vidas. A Argentina pode ser uma equipe superior no papel, mas já provamos no passado que podemos conseguir bons resultados contra grandes equipes”, alertou o meia Rurik Gislason.
ARGENTINA
Willy Caballero; Eduardo Salvio, Nicolás Otamendi, Marcos Rojo e Nicolás Tagliafico; Javier Mascherano, Lucas Biglia, Maximiliano Meza, Ángel Di María e Lionel Messi; Sergio Agüero. Técnico: Jorge Sampaoli. Esquema: 4-5-1.
ISLÂNDIA
Halldorsson; Kari Arnason, Birkir Saevarsson, Ragnar Sigurdsson e Skúlason; Jóhann Gudmundsson, Aron Gunnarsson e Emil Hallfredsson; Birkir Bjarnason, Gylfi Sigurdsson e Jon Bödvarsson. Técnico: Heimir Hallgrimsson. Esquema: 4-4-2.
Local: Spartak Stadium. Horário: 10h. Árbitro: Szymon Marciniak (POL). Assistentes: Pawel Sokolonicki e Tomasz Listkiewicz (ambos da POL).