A vitória sobre a Costa Rica, na segunda rodada da fase de Grupos da Copa do Mundo, teve um sabor diferente para o zagueiro Thiago Silva. Além da batalha para conter os atacantes costaricenses, o camisa 2 da seleção enfrentou um dilema pessoal durante os 90 minutos. Seguindo o rodízio aplicado por Tite, o duelo marcou a sua volta como capitão da seleção brasileira em uma Copa do Mundo.
Capitão nos cinco primeiros jogos do Mundial de 2014, disputado no Brasil, Thiago Silva poderia ter ficado marcado pelo gol fundamental na classificação para as semifinais, na vitória sobre a Colômbia. No entanto, foi o zagueiro ficou mais atrelado à imagem dele sentado sobre a bola durante a disputa de pênaltis contra o Chile, nas oitavas de finais.
Em entrevista ao canal SporTV, o capitão da seleção comentou sobre a preocupação no time sobre a maneira como a vitória foi construída, com dois gols nos acréscimos “Ficamos preocupados, porque você martela, a bola passa beirando a trave e você começa a ter o sentimento de que ‘não é hoje’. Mas em nenhum momento a gente deixou de acreditar”, disse Thiago.
A faixa de capitão, em teoria, confere o status de representante de cada equipe na comunicação direta com a arbitragem. Na prática, a tese nem sempre se aplica. Como foi o caso da partida entre Brasil e Costa Rica, sobretudo pela postura do árbitro holandês Bjorn Kuipers. “Difícil argumentar”, segundo Thiago Silva.
O zagueiro revelou o motivo da equipe brasileira adotar uma postura pouco reativa após o cancelamento de um pênalti marcado sobre Neymar aos 34 minutos do segundo tempo e anulado em seguida. “Faltavam poucos minutos e se fosse reclamar, ia levar isso pra frente, e a gente poderia não ter tempo suficiente de fazer o gol. A decisão foi tomada e argumentar só traria cartão amarelo, como ele fez com o Neymar e o Coutinho. Nessas horas, tem que parar e pensar. Não adianta ter a cabeça quente”, destacou Thiago Silva.