Mais uma vez, a Copa do Mundo dividiu as atenções para dois jogos no processo de definição das seleções classificadas para as oitavas de finais na Rússia. Pelo Grupo H, considerado como o mais equilibrado tecnicamente desde o momento do sorteio das chaves, o Japão chegou para a última rodada podendo até empatar para avançar no Mundial pela terceira vez em sua história. Mesmo saindo com a derrota, os Samurais foram beneficiados pela vitória colombiana sobre Senegal e comemoraram a classificação.
Mesmo já eliminada, a Polônia não abriu mão de apresentar um bom futebol em sua partida de despedida. Apesar de chegar com mais perigo ao ataque na etapa inicial, o desempenho em campo ficou muito aquém do que se esperava da equipe cabeça de chave do Grupo H.
Já o Japão, embora tivesse o empate a seu favor, procurou minimizar o risco de eliminação. Com o empate parcial também em Senegal x Colômbia, em Samara, uma derrota dos asiáticos colocaria tudo a perder.
A primeira etapa foi equilibrada em relação ao rendimento das equipes, apesar da Polônia ter leve vantagem na posse(56% a 44%), enquanto os japoneses roubavam um pouco mais as bolas(29 a 21). Iguais em números de finalizações (5 a 5), o time asiático foi mais preciso, acertando três chutes em direção à meta. Todos defendidos sem muita dificuldade por Fabianski.
Do outro lado, Kawashima precisou fazer milagre para salvar o gol na cabeçada de Grosicki, aos 32 minutos. A defesa certamente estará entre as mais difíceis do Mundial da Rússia. O placar zerado garantia, até o momento a classificação do Japão.
Apesar de perder o principal articulador do meio de campo, com a saída de Okazaki, o Japão passou a tomar mais atitudes e ter mais controle no jogo. No entanto, não conseguiu melhorar o rendimento e ainda sofreu um duro golpe aos 13 minutos. Em jogada aérea, o zagueiro Bednarek apareceu livre na segunda trave e, dessa vez, Kawashima não teve como evitar o gol polonês.
Com o 0 a 0 mantido em Samara, o novo cenário eliminava os japoneses pelo saldo de gols pior que o dos colombianos. Ciente, o técnico Akira Nishino mexeu no setor ofensivo, mas não obteve sucesso.
Somente aos 28 minutos, a sorte pareceu mudar de lado. Em contra-ataque rápido e bem arquitetado, o artilheiro das Eliminatórias Europeias, Lewandowski, perdeu um gol de cara. No minuto seguinte, a Colômbia abriu o placar em Samara, o que devolvia a vaga aos asiáticos.
A nova mudança de cenário deu mais tranquilidade ao Japão, que passou a rodar a bola no campo de defesa, enquanto os poloneses aguardavam qualquer erro de passe. Kawashima ainda salvou aos 35, em desvio de Hasebe que quase fez contra.
Kawashima, Hiroki Sakai, Yoshida, Makino e Nagatomo; Yamaguchi, Shibasaki, Gotoku Sakai, Okazaki(Osako) e Usami(Inui); Muto(Hasebe). Técnico: Akira Nishino.
Fabianski, Bereszynski, Glik e Bednarek; Kurzawa(Peszko), Krichowiak, Goralski e Jedrzejczyk; Zielinski(Teodorczyk), Krychowiak e Lewandowski. Técnico: Adam Nawalka.