A primeira fase da Copa do Mundo deixou claro quesitos esperados e surpreendeu em outros pontos. Como era previsto, o ataque da promissora geração da Bélgica se destacou em um grupo com a outra favorita Inglaterra e as frágeis Tunísia e Panamá. Por outro lado, foi possível observar que nem sempre adianta ter um desempenho expressivo nos fundamentos ofensivos para conseguir a classificação, como no caso da atual campeã Alemanha, eliminada no Grupo F.
Os recordes de gols marcados nos acréscimos (8) e contra a própria meta (9) e pênaltis assinalados (24) foram quebrados nesta edição do Mundial. O primeiro quesito pode ser explicado pelo maior tempo dado pelos árbitros após o período regulamentar. Os outros por uma maior infelicidade dos jogadores e, claro, o uso inédito do árbitro de vídeo.
A promissora geração belga alcançou o maior número de gols marcados (9) e chutes na barra (22) na fase de grupos. Mesmo estando em uma chave considerada fácil, mostra a grande força do pelotão de frente. A seleção vive a expectativa para o mata-mata.
Já a Alemanha esteve entre as melhores seleções nos quesitos de chutes no gol, posse de bola, passes certos, distância percorrida e cruzamentos. Pelos três primeiros pontos, é possível observar a falta de tranquilidade para transformar os números em resultado positivo. Os dois últimos deixam visível como os atuais campeões forçaram as jogadas aéreas e correram mais para tentar evitar o fracasso.
Classificada, a Espanha não mudou o estilo de jogo. Mesmo tendo deixado o jogo mais vertical, foi a seleção que mais trocou passes (2089) e a segunda que mais teve a bola: 114 minutos e 34 segundos. O Brasil terminou em terceiro lugar nesses dois quesitos com 1678 passes e 111 minutos e 4 segundos.
Outros destaques foram a eliminada Sérvia com a maior distância percorrida nos três jogos (339.000 km) e a Argentina, que mesmo mostrando bastante desorganização e conquistando a classificação no sufoco, obteve o maior número de desarmes (51). Destaques negativos para Coreia do Sul e Panamá com recordes de faltas cometidas (63) e cartões amarelos (11), respectivamente. Como também Rússia, Colômbia e Alemanha que levaram cartões vermelhos.