Antes da bola rolar na Copa do Mundo da Rússia, havia a preocupação com a receptividade do povo russo aos turistas, com base no histórico de comportamento de xenofobia apresentado pela população russa. Como precaução, inclusive, o governo federal chegou a distribuir uma cartilha com uma série de recomendações para os brasileiros que adquiriram cerca de 66 mil ingressos para jogos do Mundial. No entanto, parte dos relatos apresentados por torcedores mostram um ambiente diferente.
Em Kazan, cidade onde o Brasil enfrentará a Bélgica em partida válida pelas quartas de final, os irmãos pernambucanos José Hilton Macedo e Suzy Mery Barros testemunharam o bom acolhimento por parte dos anfitriões, em entrevista ao repórter João Victor Amorim, da Rádio Jornal, única emissora pernambucana que acompanha os passos da seleção brasileira na Rússia.
"Kazan é um maravilha. Cidade linda. Todas as cidades que visitamos são muito bonitas. Não esperava tanto da Rússia, que falavam que era perigoso... estou achando que perigoso é voltar para o Brasil", brincou José Hilton, em referência aos altos índices de violência enfrentados no estado e no país natal.
Suzy Mery faz um comparativo entre Kazan, que tem cerca de 1,2 milhões de habitantes, e Sochi, que possui uma população aproximadamente três vezes menor. A pernambucana acredita que o fato de ser uma cidade maior faz de Kazan um atrativo para os demais turistas. "É uma das mais (bonitas). Achei Sochi também uma cidade linda. Essa aqui (Kazan), em dimensão, é mais bonita porque é maior", e atesta. "As pessoas são incríveis, super receptivas. Estamos amando."