Dentro de campo, o Clássico das Multidões desta quinta-feira (6) transcorreu sem problemas de violência – os jogadores e o árbitro Sandro Meira Ricci ajudaram com a disciplina. Mas como vem sendo rotina, as torcidas organizadas protagonizaram novas cenas de guerra nas ruas do Recife e nas proximidades da Ilha do Retiro.
Os primeiros incidentes foram relatados por volta das 18h, na Avenida Conde da Boa Vista, na área central do Recife, onde ficam as sedes das organizadas. Ouvintes da Rádio Jornal denunciaram que alguns integrantes da Torcida Jovem do Sport estariam fazendo arrastão, aproveitando-se do trânsito lento para roubar motoristas de carros e pedestres.
Mais tarde, relatos de enfrentamento entre a Jovem e Inferno Coral. Um dos pontos foi na Praça Maciel Pinheiro, na Boa Vista. Também houve brigas na Avenida Caxangá.
Ainda antes de a bola rolar, mais confusão, só que agora na Ilha. Integrantes da Jovem conseguiram acesso ao campo auxiliar e soltaram rojões em direção aos tricolores que chegavam ao estádio. Algumas das bombas por pouco não acertaram os profissionais da imprensa.
Por outro lado, em resposta, membros da Inferno arremessaram objetos de cima da arquibancada, tentando a retaliação contra os rubro-negros.
Após a partida, muitos torcedores relataram pelas redes sociais arrastões e assaltos em vários pontos da cidade, como nas proximidades do Clube Internacional.
No terminal do Cais de Santa Rita, por volta das 23h20, a reportagem do JC registrou muitas agressões, corre-corre e tensão. Policiais deram tiros de borracha para tentar dispersar os vândalos, que entraram em choque com a PM. Havia várias pedras e paralelepípedos espalhados após o confronto entre as organizadas.
Oficialmente, apenas um registro relacionado ao jogo no Juizado do Torcedor da Ilha. E por desacato à autoridade.