Um tribunal espanhol rejeitou nesta sexta-feira (3) um recurso apresentado pelos advogados de Lionel Messi em um processo no qual o jogador e seu pai são acusados de terem cometido fraude fiscal na Espanha. O juiz negou o pedido para que o astro do Barcelona fosse retirado do caso no qual o atacante e Jorge Horacio Messi são acusados de não terem declarado cerca de quatro milhões de euros (aproximadamente R$ 12,5 milhões) em impostos entre 2007 e 2009.
O magistrado apontou que é uma "opinião subjetiva" o argumento dos advogados do atleta, segundo o qual o mesmo estaria "à margem da gestão econômica, contratual e tributária de sua renda". "Neste tipo de crimes não é necessário que tenha pleno conhecimento de todas as operações contábeis ou societárias e nem a quantidade exata do valor defraudado, basta que conheça a finalidade fraudatória e a consinta", completou o juiz.
Messi e seu pai têm cinco dias para apelar da decisão do tribunal de Gava, em Barcelona, que em julho passado já havia recusado o pedido da defesa para que as acusações contra Messi e seu pai fossem arquivadas, ordenando então o prosseguimento da investigação sobre a suspeita de sonegação de impostos.
Antes disso, o pai de Messi já havia feito um pagamento de mais de 5 milhões de euros, acrescidos de juros, em agosto do ano passado, para quitar impostos devidos. Caso os advogados do craque apresentem um segundo apelo contra a decisão anunciada nesta sexta-feira, ele será ouvido por um tribunal maior em Barcelona.
Em junho, a empresa que cuida da imagem de Messi chegou a afirmar que um promotor teria concordado em encerrar o caso de fraude fiscal contra o jogador e seu pai, mas agora a defesa do atleta amargou nova derrota na Justiça e o astro poderá ir a júri na Espanha.