Thiago Silva não escondeu a alegria por exibir novamente no braço a faixa de capitão da seleção brasileira, ainda que por poucos minutos no amistoso com a Áustria, na terça-feira. O zagueiro admitiu ter sentido "felicidade imensa" por resgatar o status de líder da equipe.
"Foi uma felicidade imensa receber novamente a faixa de capitão, mas o mais importante é que a equipe se comportou bem como um todo", comentou o defensor do Paris Saint-Germain, que evitou se alongar sobre o polêmico assunto.
Thiago Silva começou a partida no banco de reservas, mas entrou em campo ainda no primeiro tempo, ao substituir o machucado Miranda. Na segunda etapa, acabou recebendo a braçadeira das mãos de Neymar nos acréscimos da vitória por 2 a 1 sobre os austríacos, em Viena.
O gesto foi simbólico porque "resolveu" a polêmica criada pelo próprio zagueiro nos últimos dias. Fora da seleção brasileira nos primeiros jogos de Dunga por conta de lesão, Thiago Silva voltou ao time para os amistosos contra Turquia e Áustria, mas ficou no banco nos dois jogos porque o treinador estava satisfeito com o rendimento da dupla formada por Miranda e David Luiz.
Insatisfeito, Thiago Silva veio a público no domingo para reclamar do seu novo status no time, no banco e sem braçadeira. Mesmo sem citar nomes, criticou Neymar, seu substituto como novo capitão, e Dunga por causa da falta de diálogo. Ele esperava que ao menos um dos dois conversasse com ele a respeito da troca de capitães.
Depois do desabafo, o zagueiro se aproximou de Neymar e a dupla minimizou qualquer atrito dentro do grupo. Dunga foi mais incisivo ao firmar que na seleção "ninguém é dono de nada". O episódio parece ter sido totalmente superado nos minutos finais do amistoso, quando Neymar, ao ser substituído, ter se dirigido a Thiago Silva para entregar-lhe a braçadeira. "Foi uma decisão minha. A primeira pessoa que pensei foi no Thiago", garantiu Neymar, tentando encerra de vez a polêmica.
Quanto ao rendimento da equipe em Viena, Thiago Silva admitiu as dificuldades enfrentadas pela seleção. "Foi uma noite um pouquinho diferente daquele jogo contra a Turquia. Tivemos dificuldades, mas o mais importante foi o resultado final. Temos que começar a mentalizar isso, porque cada vez será mais difícil ainda", disse, sem se abalar com as fragilidades do time. "Estamos no caminho certo, temos que ter humildade suficiente para trabalhar e jogar contra estas equipes que são muito competitivas."