Zico diz que federações temem retaliação ao apoiá-lo na Fifa

Pelas regras, para poder disputar, ele precisa obter o apoio de pelo menos cinco das 209 federações filiadas
Da Folhapress
Publicado em 24/09/2015 às 16:24
Pelas regras, para poder disputar, ele precisa obter o apoio de pelo menos cinco das 209 federações filiadas. Foto: Foto: AFP


O ex-jogador brasileiro Zico afirmou nesta quinta-feira (24), em Zurique, na Suíça, que tem dificuldades em obter apoio à presidência da Fifa porque federações nacionais temem retaliação das confederações continentais.

"Temos uma coisa criada nas confederações que é a votação em bloco e isso tira a independência das federações, que temem ser retaliadas. Há uma pressão muito grande", afirmou, em entrevista coletiva em um hotel na cidade suíça.

Zico passou a semana em Zurique para apresentar a cartolas sua candidatura à presidência da Fifa na eleição marcada para 26 de fevereiro de 2016. Pelas regras, para poder disputar, ele precisa obter o apoio de pelo menos cinco das 209 federações filiadas. O prazo limite para conseguir as indicações e lançar oficialmente a candidatura é 26 de outubro.

"Se não acontecer nada, minha vida não vai mudar", afirmou. O brasileiro se reuniu na terça (22) com o presidente Joseph Blatter, quando entregou uma carta em que critica as regras para a disputa. O favorito na eleição é o presidente da Uefa, Michel Platini. Na entrevista desta quinta, Zico reafirmou seu discurso de que é candidato porque defende uma "despolitização" do mundo do futebol.

"Todo esportista se sente vítima desse sistema, ao ter de precisar de uma carta de alguém para concorrer mesmo depois de anos servindo ao futebol. A Fifa não pode ser uma caixa preta que só abre quando há um desastre", declarou.

Zico ainda não obteve o apoio do presidente da CBF, Marco Polo del Nero, que prometeu dar a carta de indicação somente se o brasileiro conseguir as outras quatro.

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