O novo presidente da Fifa, Gianni Infantino, inicia nesta segunda-feira no Paraguai a primeira turnê pela América do Sul, que terá também visitas a Uruguai, Bolívia e Colômbia, uma região que o apoiou publicamente para sua eleição e é a mais afetada pelos escândalos de corrupção no futebol. Infantino, que durante três dias da semana passada realizou também sua primeira visita oficial à África desde sua chegada à presidência, se encontrará com o presidente da Confederação Sul-Americana (Conmebol), o paraguaio Alejandro Domínguez, na sede da entidade, em Assunção.
A Agenda no Paraguai contempla na segunda-feira um encontro com o presidente do país, Horacio Cartes, que no mês passado era o mandatário do clube Libertad, antes de assumir a chefia do Estado paraguaio. Após a estadia de um dia em solo paraguaio, Infantino viaja na terça-feira a Montevidéu, onde, além de reuniões com dirigentes de futebol locais, visitará o presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez.
A reunião com Vázquez servirá para Infantino ser apresentado oficialmente à proposta do Uruguai de organizar, em conjunto com a Argentina, a Copa do Mundo de 2030, que completará 100 anos do primeiro Mundial, disputado em 1930 em solo uruguaio. À noite, assistirá no Estádio Centenário a partida entre Uruguai e Peru, válida pela sexta rodada das eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo da Rússia-2018.
Na quarta-feira, Infantino é esperado na Bolívia pela nova cúpula da Federação de futebol do país e onde tem previsto disputar uma partida na quinta-feira contra uma equipe do presidente Evo Morales. "A equipe de Infantino terá Cafú e Fernando Hierro, enquanto Evo Morales jogará com vários jogadores nacionais que disputaram a Copa do Mundo dos Estados Unidos em 1994", explicou o presidente da Federação Boliviana (FBF), Rolando López.
Na mesma quinta-feira, Infantino encerrará em Bogotá sua primeira visita como mandatário da Fifa, se reunindo com dirigentes da Federação da Colômbia e o presidente colombiano, Juan Manuel Santos.
A Conmebol, a menor confederação da Fifa, com 10 federações associadas, apoiou em bloco a eleição de Infantino em 26 de fevereiro, durante o congresso para a escolha do substituto de Joseph Blatter, em meio ao escândalo de corrupção que assolou a entidade.
O impacto foi tal na Conmebol que os três antecessores do atual presidente, o paraguaio Domínguez, estão presos ou indiciados por corrupção. Infantino, de 45 anos, participou do congresso da Conmebol em janeiro, quando obteve o respaldo para sua candidatura das 10 federações sul-americanas.