Mais de 2 mil objetos da vida e da carreira de Pelé, o Rei do futebol, único jogador da história a vencer três Copas do Mundo, começam a ser vendidos nesta terça-feira (7) em Londres em um leilão que pode arrecadar mais de quatro milhões de dólares.
A principal peça do leilão organizado pela casa Julien's, que deve prosseguir até terça-feira, é a réplica do troféu Jules Rimet que a Fifa deu a Pelé, que pode alcançar o valor de 600.000 dólares.
As três medalhas dos Mundiais vencidos por Pelé (1958, 1962 e 1970) podem arrecadar 200.000 dólares e a bola com a qual marcou o gol de número 1.000 na carreira - pelo Santos contra o Vasco da Gama, no Maracanã em 19 de novembro 1969 - 60.000 dólares.
A venda total pode alcançar três milhões de libras (3,9 milhões de euros e 4,3 milhões de dólares). Deste valor, Pelé, 75 anos, doará parte ao hospital infantil Pequeno Príncipe, da cidade de Curitiba.
"Conversei muito com minha família, meus amigos e pessoas que sabem como podemos ajudar o hospital. Sempre procuro fazer algo para ajudar os pobres", disse Edson Arantes do Nascimento à AFP na apresentação do leilão em Londres, na semana passada.
"Se tiver como ajudar pessoas que ajudam as crianças, está ótimo. É o motivo pelo qual faço isso", completou.
Os fãs do Rei também poderão tentar arrebatar uma camisa do Cosmos de Nova York, clube pelo qual jogou depois da carreira no Santos, e o anel de campeão da Liga americana de futebol de 1977.
Além de uniformes e chuteiras usadas com o Santos e com a seleção brasileira, também estará a venda o par de chuteiras que usou nas gravações do filme "Fuga para a vitória", que estrelou ao lado de Michael Caine e Sylvester Stallone.
Também foram colocados à venda vários troféus individuais, como o de jogador do século da Fifa ou de atleta do século XX concedido pelo jornal francês L'Équipe.
Outro objeto de forte valor simbólico é a tocha olímpica que carregou no revezamento da tocha dos Jogos de Atenas-2004.
O leilão também tem objetos mais pessoais, como velhos passaportes, relógios e até um boletim escolar.
"Todos esses objetos sempre estarão comigo no meu coração. Poderia ficar em casa com isso tudo, mas não iria ajudar ninguém", completou Pelé na semana passada.