Chapecoense e Palmeiras estrearam na temporada 2017 neste sábado em uma tarde de calor, homenagens, testes e gols na Arena Condá. O amistoso com renda revertida ao clube catarinense acabou empatado em 2x2 e foi antecedido por homenagens às vítimas do acidente aéreo de novembro do ano passado e pela entrega da taça de campeão da Copa Sul-Americana de 2016.
O jogo marcou o retorno da Chapecoense ao futebol depois da tragédia aérea, ocorrida quando viajava para o jogo de ida da decisão do torneio na Colômbia - posteriormente, acabou sendo declarado campeão pela Conmebol após pedido do adversário, o Atlético Nacional.
Animado, o público chegou cedo ao estádio para acompanhar o aguardado retorno do time e acompanhou o ritmo da partida desde o começo. A vibração vinha a cada simples lance. Um drible ou uma bonita troca de passes já valiam aplausos. As moções de apoio vieram mesmo com o gol do Palmeiras, marcado por Raphael Veiga, aos 11 minutos. O meia estreante completou com um chute rasteiro o cruzamento de Egídio.
A retribuição pela cordialidade do gesto veio aos 14 minutos. O zagueiro Douglas Grolli aproveitou sobra na área depois de cruzamento para mandar para as redes e igualar o placar. O defensor era, possivelmente, o nome mais adequado para marcar o primeiro gol da "nova" Chapecoense, pois voltou neste ano ao clube catarinense, onde foi revelado, para auxiliar na sua reconstrução.
A partida foi mais equilibrada do que se previa. O atual campeão brasileiro, o Palmeiras, mostrava o entrosamento que a remontada Chapecoense não tinha, mas sofreu além do esperado. A equipe da casa, bem posicionada, chegava com força pelo lado esquerdo. A virada quase veio, mas o gol de Wellington Paulista acabou anulado por impedimento.
O segundo gol dos catarinenses não demorou. Logo depois do intervalo, com o Palmeiras ainda desarrumado depois de oito substituições no intervalo, a Chapecoense fez 2x1. Reinaldo cruzou para o volante Amaral, justamente emprestado pelo clube paulista, cabecear no contrapé de Jailson.
O amistoso caiu de nível na segunda etapa pelo grande volume de substituições. Foram 22 trocas ao longo do jogo. A partida seguiu sem grandes emoções salvo um chance perdida por Érik ao tentar driblar o goleiro e a homenagem no 71º minuto de jogo. Em memória dos 71 mortos na tragédia aérea, o jogo parou por um minuto no 26º da etapa final para a exibição de um vídeo nos telões, acompanhada por palmas e pelo canto "Vamos, vamos, Chape".
Logo depois o jovem palmeirense Vitinho, que tem se destacado nos treinos, premiou os torcedores com um lindo gol para deixar o placar empatado em 2x2, aos 33 minutos da etapa final. O meia recebeu na entrada da área, tirou do zagueiro e chutou com curva, no ângulo.
CHAPECOENSE - Arthur Moraes (Elias); João Pedro (Zeballos), Douglas Grolli (Nathan), Fabrício Bruno (Luiz Otávio) e Reinaldo (Diego Renan); Amaral (Luiz Antônio), Andrei Girotto (Moisés Gaúcho) e Nenén (Dodô e depois Martinuccio); Rossi (Osman e depois Nadson), Niltinho (Arthur) e Wellington Paulista (Túlio de Melo). Técnico: Vágner Mancini.
PALMEIRAS - Fernando Prass (Jailson); Jean (Fabiano), Thiago Martins, Antônio Carlos (Maílton) e Egídio; Felipe Melo (Thiago Santos); Róger Guedes (Hyoran), Tchê Tchê (Arouca), Raphael Veiga (Vitinho) e Dudu (Keno); Alecsandro (Dudu). Técnico: Eduardo Baptista.
GOLS - Raphael Veiga, aos 11, e Douglas Grolli, aos 14 minutos do primeiro tempo. Amaral, a 1 minuto, Vitinho, aos 33 minutos do segundo tempo
ÁRBITRO - Heber Roberto Lopes (SC).
CARTÕES AMARELOS - Wellington Paulista (Chapecoense) e Róger Guedes (Palmeiras).
RENDA - R$ 852.415,00.
PÚBLICO - 14.898 (total).