A Chapecoense retornou na segunda-feira (8) a Medellín para enfrentar o Atlético Nacional na final da Recopa Sul-Americana, cinco meses após a tragédia aérea que dizimou a equipe brasileira.
"Bem-vindos, sintam-se como em sua casa, porque esta é sua casa para sempre. Recordando os que não estão mais aqui, que esta seja uma grande festa e é o que deve ser o futebol", afirmou à imprensa o prefeito da cidade, Federico Gutiérrez, ao receber os jogadores do clube catarinense.
A delegação da Chapecoense foi recebida com honras na base militar de Rionegro, município vizinho a Medellín e próximo ao local da queda, 28 de novembro, do avião que transportava o time brasileiro para disputar a final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional, uma tragédia que deixou 71 mortos.
Integrantes das forças de segurança e autoridades locais estenderam um tapete vermelho para receber jogadores, comissão técnica e dirigentes da Chapecoense.
"Hoje tenho certeza de que voltar a Rionegro, a Medellín, a Antioquia, é um sonho de todos aqueles que se foram, meus colegas jornalistas. Estou muito emocionado com o carinho das pessoas", afirmou o jornalista Rafael Henzel, sobrevivente do acidente.
Além do jornalista, também viajaram a Medellín Jackson Follmann, Neto e Alan Ruschel, os únicos jogadores que sobreviveram à tragédia.
"Me sinto muito feliz, estava muito ansioso para chegar aqui outra vez, para sentir o carinho que todos nos transmitiram", disse Follmann, que teve parte da perna direita amputada após o acidente.
Uma homenagem está prevista nesta terça-feira no município de La Unión, onde aconteceu a tragédia.
As autoridades locais esperam o comparecimento de parentes das vítimas, dos quatro sobreviventes brasileiros e de dirigentes do clube.
As famílias devem receber os objetos pessoais encontrados no local do acidente.
A Chapecoense enfrentará na quarta-feira o Atlético Nacional no jogo de volta da Recopa Sul-Americana, no estádio Atanasio Girardot. Na partida de ida, o time brasileiro venceu por 2-1.