O Paris Saint-German é o atual lar de cinco craques brasileiros e a influência deles no vestiário é grande. Neymar, Thiago Silva, Marquinhos, Daniel Alves e Thiago Motta têm papel de liderança perante o elenco e prestígio com a diretoria. E foi depois de ouvir algumas queixas que a decisão de mudar o departamento médico para a próxima temporada foi tomada.
As mudanças não traduzem em demissões. Na verdade, o grupo brasileiro pede a contratação de profissionais de sua confiança. Vale lembrar que o preparador físico, Ricardo Rosa, e o fisioterapeuta, Rafael Martini, já fazem parte da equipe por uma exigência do próprio Neymar, que realizou cirurgia no pé direito no Brasil e passou todo o período fisioterápico no Rio de Janeiro.
Em março o jornal francês "Le Parisien" já havia relatado sobre a divergência entre o departamento médico e os atletas brasileiros. Após lesão de Neymar, o veículo destacou que: "as divisões entre a unidade de esporte e a unidade médica de um clube são frequentes, mas persistem no PSG e parecem cada vez mais violentas".
Os atletas admitem recentes melhorias estruturais no departamento médico, mas ainda alegam falta de confiança para realizar tratamentos no clube. No ano passado, o volante Thiago Motta adotou um caminho parecido com o do craque da canarinha. Lesionado no joelho direito, Motta não se operou no PSG e preferiu realizar o tratamento em uma clínica nos Estados Unidos.
O equipe francesa também ouviu recentemente queixas de Marquinhos. O zagueiro lesionou a coxa na partida de ida contra o Real Madrid, em fevereiro, mas foi liberado pela equipe médica para atuar na partida da volta, 15 dias depois. Ao se apresentar à seleção brasileira, Marquinhos foi reavaliado e recebeu a confirmação de que a lesão não havia sido devidamente tratada, o impedindo de participar dos amistosos contra Rússia e Alemanha.
Com Thiago Silva, a insatisfação se deu após a saída de um profissional que lhe acompanhava desde o Fluminense. O fisioterapeuta pessoal, Marcelo Costa tinha sido contratado pelo clube, mas foi demitido no fim do ano passado.
Já a recente lesão no joelho de Daniel Alves foi o que reaproximou o departamento médico do PSG aos brasileiros. O lateral ainda cogitou realizar cirurgia e tratamento em Barcelona, mas concordou em realizar toda a recuperação com os profissionais da casa