Fundado em 18 de dezembro de 2013, o Afogados escreveu o capítulo mais importante da sua curta história na última quarta (26), ao eliminar nos pênaltis por 7x6 (2x2 no tempo normal) o poderoso Atlético Mineiro da Copa do Brasil. O ápice de um time que vem se constituindo como a nova força do Sertão pernambucano.
Representando a cidade de Afogados da Ingazeira, no Sertão do Pajeú, de 36 mil habitantes e distante 400 km da capital Recife, o time tem como mascote a coruja. Disputa a Série A1 do Estadual desde 2017. No ano passado, eliminou o Santa Cruz no Arruda e acabou em terceiro lugar, se classificando pela primeira vez para a Série D do Campeonato Brasileiro e para a Copa do Brasil.
O grande comandante da equipe é o técnico Pedro Manta, que já trabalhou em vários clubes da Região Nordeste e foi também assistente técnico de Givanildo Oliveira. Dentro de casa, no estádio Vianão, com capacidade para cerca de duas mil pessoas, o Afogados costuma ser muito forte. Tanto que conseguiu derrubar o Atlético-AC na primeira fase da Copa do Brasil e agora o milionário Galo mineiro.
No elenco, cuja folha e de R$ 100 mil mensais, destaque para os atacantes Diego Ceará e Candinho. No gol, a segurança do goleiro Wallef e seu inseparável boné. Pensando no futuro, o Afogados planeja usar a verba conquistada pelo avanço a terceira fase da Copa do Brasil, algo em torno de R$ 2.69 milhões (bruto), na construção do seu Centro de Treinamento. Enquanto isso, espera de camarote seu próximo adversário na competição nacional, Ponte Preta ou Vila Nova, que se enfrentam nesta quinta-feira em Campinas.