Depois de uma classificação dramática na Bahia, o zagueiro Breno Calixto se emocionou em entrevista ao repórter José Silvério, da Rádio Jornal. Um dos melhores em campo na vitória por 1x0 sobre o Fluminense de Feira, pela terceira fase da Copa do Brasil, o zagueiro falou sobre a possibilidade do Timbu buscar o título da competição nacional e sobre o seu passado, marcado por violência no Ceará.
"Acho que vou ter que tomar um remédio para dor de cabeça. O que eu tirei de bola, não tem cabeça que aguente (risos). A gente veio para cá com o intuito da classificação. A gente nem queria pênaltis. Graças ao Wallace, o gol saiu. A gente vai avançando, e é bom tanto financeiramente quanto na parte do futebol. Copa do Brasil é uma oportunidade. Por que não sonhar? Santo André e Sport já ganharam. Vamos devagarzinho", afirmou o zagueiro do Náutico.
Sobre seu jeito vibrante dentro de campo, o zagueiro se emocionou ao falar do que o motiva a jogar futebol. Na infância, o jogador conviveu com drogas, torcidas organizadas e um passado violento em Fortaleza. "Sempre falo que meu jeito de vibrar não é marketing. Estou até me arrepiando agora: toda bola que eu tiro, lembro do meu passado. Dos mais de 30 amigos mortos. Se um dia eu tirar uma bola e não vibrar, paro de jogar. Vai ser sempre assim", finalizou.