Atalhos de um ex-zagueiro para a defesa do Náutico

Márcio Goiano tem dado atenção especial ao setor defensivo do Timbu
Diego Toscano
Publicado em 24/05/2018 às 7:12
Márcio Goiano tem dado atenção especial ao setor defensivo do Timbu Foto: Léo Lemos/Náutico


Praticamente todo treinador que chega num clube novo fala em “arrumar a cozinha”. No Náutico, Márcio Goiano vai ter uma grande missão: tentar arrumar a defesa mais vazada do Grupo A da Série C, com 12 gols sofridos em seis jogos. E tem muito conhecimento de causa para isso. Zagueiro na época de jogador, o treinador tem dado atenção especial ao setor defensivo do clube da Rosa e Silva.

Márcio jogou 14 anos como profissional. Apesar de ter começado no Inhumas, do interior goiano, apareceu mesmo no Goiás, onde jogou por três temporadas. Logo em seguida, foi para Sport, onde teve grande destaque. Jogou no Leão entre 1997 e 1999 e conquistou três títulos do Pernambucano. Passou também por Atlético-MG, Goiás, Figueirense e Avaí.

“Com cada treinador, aprendemos algo diferente. Com certeza ter um técnico que foi zagueiro dando dicas e mostrando os atalhos é importante. Temos que levar mais ainda o que ele fala em consideração pela carreira que teve. Márcio está mostrando um carinho maior com a primeira linha da equipe. Nesses dois treinamentos, falou muito sobre a distância entre jogadores, sobre ter voz de comando, compactação das linhas e outras coisas que a gente precisa melhorar. Não tenho dúvida que, com a experiência dele, toda a parte defensiva só tem a crescer”, afirmou o zagueiro Camacho.

INCOMODA

Sobre o fato da equipe ser a pior defesa do Grupo A, o defensor falou do incômodo do elenco com a situação. “Zagueiro nenhum gosta de sofrer gols. Isso incomoda, não há dúvida. Sofremos pouco nos primeiros campeonatos. Realmente, nessas primeiras partidas da Série C, a média de gols é alta. Por isso estamos trabalhando dobrado para que isso não aconteça mais. O professor Márcio tem buscado ajeitar o setor para que os adversários não deem tanto trabalho pra defesa”, disse.

Camacho também ressaltou que a culpa não é só da defesa, mas do sistema inteiro. “É um conjunto. Quando a gente ataca, não são só os quatro atacantes. O jogo inicia na primeira linha e vai até o ataque. Já a defesa não tem só o goleiro e os zagueiros. A questão é ter equilíbrio. Todos tem que defender, e é preciso encontrar o balanço para os setores”, explicou.

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