Unanimidade na lista de Tite, apesar da reserva, Roberto Firmino é o único nordestino convocado para a Copa da Rússia na seleção brasileira. Atacante do Liverpool, Firmino começou a carreira na base do CRB, mas foi no Figueirense que apareceu no cenário nacional. Atual técnico do Náutico, Márcio Goiano foi o comandante do time catarinense que deu a primeira chance para o centroavante no profissional.
“Fui pro Figueirense em 2010, como auxiliar-técnico. Chegando lá, comecei a observar atletas que iriam disputar a Copa São Paulo de Futebol Júnior. Depois, levamos alguns para integrar o elenco profissional, com o Firmino entre eles. A entrada dele foi natural: começou no banco e foi entrando como titular. Aproveitou as chances que teve e fez gols importantes. Tive a oportunidade de trabalhar com ele e fico feliz pela convocação. Depois foi vendido para o Hoffenheim, da Alemanha, e agora no Liverpool. Chegou nos seus objetivos, fez os gols e conseguiu se consolidar”, explicou o treinador.
Desde o início, Márcio Goiano percebeu que o jogador era diferenciado e que teria uma carreira de sucesso, seja em um clube de ponta da Europa ou até na seleção brasileira. “Desde os primeiros trabalhos, muita personalidade. Jogador equilibrado e acima de tudo que gostava de fazer gols, seja com a perna esquerda ou com a direita. Sempre acreditou no próprio potencial e está colhendo os frutos. Hoje é um jogador consolidado e de Copa do Mundo. Só desejo o melhor para ele”, afirmou Márcio Goiano.
Reserva de Gabriel Jesus, maior artilheiro da Era Tite com 10 gols, Firmino chega na Copa do Mundo após sua melhor temporada na carreira. Entre 2017 e 2018, no terceiro ano pelo Liverpool, fez 27 gols em 54 partidas, média de um tento a cada dois jogos. Pela seleção, em 21 duelos ao longo dos últimos quatro anos, balançou as redes em seis oportunidades.
Confiante no hexa, Márcio Goiano fez elogios ao técnico Tite e apontou o favoritismo do Brasil na Rússia. “Hoje somos unânimes com relação a Tite. Seja a forma que joga ou os jogadores que convocou. Sabemos das dificuldades de se enfrentar seleções que jogam mais fechadas e no erro do adversário. Mas a seleção brasileira é colocada por todos como uma equipe que vai brigar para ser campeã”, explicou.
Sobre a pressão em cima do Brasil, o treinador do Náutico falou que os jogadores da seleção já estão acostumados em ter que carregar o favoritismo em uma Copa do Mundo. “A responsabilidade é muito grande, mas todos que vestem a camisa verde e amarela já sabem disso. Espero uma equipe boa e organizada. O brasileiro, por mais que fale do 7x1, quando a bola rolar, vai apoiar e vamos sentir o calor da torcida. É torcer que tenham sucesso e consigam dar alegria para todos nós”, finalizou o treinador.