Hexa, vice-presidente e futuro: amor pelo Náutico ultrapassa gerações

Paixão que passa de pai para filho há décadas na Rosa e Silva
Diego Toscano
Publicado em 22/07/2018 às 7:22
Paixão que passa de pai para filho há décadas na Rosa e Silva Foto: Diego Nigro/JC Imagem


O avô Dilermando viveu o hexa, o pai Diógenes comanda o clube e o neto João Pedro está ajudando no renascimento dos Aflitos. Na família Braga, passado, presente e futuro se misturam ao Náutico. De São Bento do Una para a vice-presidência executiva, Diógenes Braga virou o alvirrubro que é hoje porque Dilermando, que acompanhou toda a campanha do hexa, o ensinou. De geração pra geração, o dirigente agora passa para o filho de 11 anos, que até grama plantou no estádio alvirrubro, o orgulho de ser Timbu.

“Na nossa família, ser alvirrubro é uma realidade. Não tenho um neto que não seja alvirrubro. Na decisão do Pernambucano, mais de 20 familiares vestidos de Náutico”, afirmou Dilermando Braga, que desde 1962 acompanha jogos nos Aflitos. Viu, in loco, o esquadrão com Ivan Brondi vencer seis vezes consecutivas o Estadual.

A paixão de Dilermando passou para Diógenes, que ampliou o vínculo da família Braga com o Náutico. Hoje, é vice-presidente e um dos grandes responsáveis pelo fim de jejum de 14 anos sem títulos. “Eu sinto um orgulho muito grande disso. Hoje, vê-lo participar disso me dá até tranquilidade em relação ao futuro do Náutico. Sou muito feliz de saber que incentivei nele a vontade de, ainda no rádio, ouvir os jogos do Náutico. Ele me devolveu todo esse amor com muita correção”, afirmou.

Assim como o pai, Diógenes deixou São Bento do Una muito cedo para prestar vestibular de veterinária no Recife. Tinha os Aflitos como grande amigo. “O Náutico chama você. O primeiro dinheiro que ganhei na minha vida foram 80 reais. Fui direto me associar ao clube. Alguns falam que a paixão pelo futebol é fútil. A vida é feita de sentimentos. Pelo simples fato de o Náutico ser uma ligação forte com a minha família, já justifica ser importante. Hoje, a relação mudou muito. Sou cobrado e tenho que estar preparado para isso. Existem responsabilidades que se apresentam e que você tem que assumir”, disse.

PRESSÃO?

Na geração mais nova, metas ousadas e até um pouco de pressão por tudo que a família Braga hoje representa no Náutico. “Sinto um pouco porque meu pai é importante para o Náutico, hoje, e meu avô acompanhou toda a trajetória do hexa. Não posso fazer nada de ruim para não decepcionar. Um dos meus sonhos é ver o Náutico ser campeão da Copa do Nordeste nos Aflitos. Quem sabe também um título de expressão internacional”, destaca João Pedro, filho de 11 anos de Diógenes.

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