Márcio Goiano não se incomoda com pressão da torcida do Náutico

O Náutico chegou, com a vitória diante do Salgueiro por 1 a 0, ao seu nono jogo de invencibilidade na temporada. São cinco triunfos e quatro empates. Sequência que, em tese, daria a entender que o time vem jogando um futebol satisfatório para o torcedor. Entretanto, não é bem assim. As atuações irregulares do time neste começo de temporada, principalmente após derrotas nas estreias do Nordestão e Estadual, e eliminação na Copa do Brasil, tem incomodado. A torcida já ensaiou pedidos de demissão do técnico, que compreende a cobrança.

“O torcedor vem para campo sempre com esperança da vitória. Quando o gol não acontece, alguns entendem, outros não. Eu entendo muito isso. São muitos anos de cobrança no futebol. Os garotos não sentiram. Falei para eles. Independente da idade, é hora de tomar o rumo da situação e os mais jovens tinham que também assumir a responsabilidade para si. fico feliz. Antes de entrar em campo houve essa cobrança em função de ser um jogo importante. Independente da idade, eles tinham que dentro de campo fazer o seu melhor”, comentou Márcio Goiano.

Buscando consistência

O Náutico tem, por outro lado, uma das piores defesas do país. Foram 16 gols sofridos em 13 jogos no ano, se contrapondo aos números positivos do ataque - 25 tentos assinalados. E parte desses gols que o Timbu toma vem de erros da equipe. Sejam eles individuais quanto a posicionamento, marcação, ou falhas em saída de jogo, ou para afastar a bola. Questões que, de certa forma, deixam à mostra a necessidade de melhora em alguns setores. Seja através de treinamentos ou contratações.

Outras indagações, quanto a mudança de estilo de jogo para corrigir os problemas defensivos, também têm sido feitas. Por exemplo, a retirada de um meia para a entrada de um volante de maior poder de marcação para proteger a entrada da área. Além de melhorar da mesma forma a cobertura para os laterais - bastante ofensivos, como Assis e André Krobel. Entretanto, Márcio Goiano não se mostra disposto a mudar seu estilo de jogo, e prefere buscar outros meios para ajustar a equipe.

“Alguns erros que aconteceram foram capitais. O erro técnico tem causado problemas para nós. Hoje (quarta-feira, contra o Salgueiro) tivemos equilíbrio, transição de defesa, meio e ataque. Robinho e Hereda com bons cruzamentos. Não tomar gols dá segurança e a gente vai buscar não tomar gols para ter tranquilidade, essa confiança maior. Um exemplo é o Sampaoli, que não muda a forma de jogar, que propõe jogo. Tem alguns treinadores que não propõem jogo. Eu penso que ele está certo. Futebol é espetáculo. Assim você tem mais torcedor em campo. Lógico que vai ter desatenção algumas vezes, mas a gente tem que buscar", completou.