Vice-presidente do Náutico esclarece declaração sobre contratação de meia 'clássico'

Depois de comunicar a saída do argentino Nahuel Cisneros e a contratação do meia Jean Carlos, o vice-presidente do Náutico, Diógenes Braga, esclareceu nesta sexta-feira uma declaração que deu na semana passada sobre a contratação de um meia 'clássico'. Na oportunidade, o dirigente alvirrubro descartou a contratação de um 'camisa 10' que cadencie o jogo. A declaração repercutiu e causou polêmica entre os torcedores do Náutico. Confira abaixo o depoimento na íntegra.

DECLARAÇÃO NA ÍNTEGRA

A situação do Náutico estar na Série C tem gerado um nível de ansiedade para toda torcida e para nós também. E nisso, neste ano especialmente, por ser o segundo ano na Série C, tem se gerado um nível de debate bem acalorado sobre vários pontos. Ultimamente gerou uma repercussão grande de uma entrevista minha sobre a questão do meia e eu queria aproveitar para esclarecer, até pelo anúncio da contratação de Jean Carlos.

Eu fui perguntado na entrevista sobre o Náutico trazer um meia clássico, a pergunta foi muito clara. Eu respondi sobre o meia clássico, aquele jogador que cadencia o jogo e isso foi interpretado como se eu tivesse falado sobre meia de uma forma geral. Seria insano da minha parte dizer que não se usa meia. Hoje se usa muito volante, se for pegar a Copa América como exemplo o Aránguiz é o jogador que tem mais assistência. 

Eu me posicionei em relação ao meia clássico, até citei o termo romantismo com o meias antigos. O futebol moderno, talvez tenha se tornado chato por ser muito competitivo e os jogadores precisam ter intensidade muito alta. A gente precisa fazer o Náutico competitivo. Eu gosto muito de ver o Náutico jogar bonito, mas gosto mais ainda quando ele vence. O que a gente tem buscado é fazer realmente um time competitivo, o jogo contra o Botafogo-PB, vencemos pela altíssima capacidade de marcação do time inteiro.

Se existisse um descrédito da nossa parte em relação ao posicionamento do meia, nós não teríamos contratado Jorge Henrique, Maylson, o próprio Cisneros, Fábio, não teríamos subido o Lucas Paraíba e não teríamos contratado agora Jean Carlos. Então não há uma retaliação em relação ao meia, há uma opinião, entendimento do futebol do Náutico de que esse meia clássico, esse ‘camisa 10’, tem muita dificuldade de jogar e a gente tem visto isso.

A torcida entende muito de futebol, ela sabe que a declaração foi essa. A gente quer todo esse anseio de buscar um jogador com uma qualidade técnica diferenciada, não só dos jogadores que nós temos, mas a volta de Maylson e com a chegada de Jean Carlos, queremos que esse debate chegue ao final e se junte todo mundo nesse pacto entre os jogadores, diretoria, funcionários para o acesso do Náutico.