Na tentativa de trazer um resultado justo, os principais campeonatos estaduais do país como São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Bahia aderiram o árbitro de vídeo nas finais estaduais. Mesmo assim, a utilização do VAR tem causado polêmica no futebol brasileiro, devido a demora nas definições da arbitragem. O ex-árbitro Wilson Souza, concedeu entrevista a editoria de esportes do Sistema Jornal do Commercio de Comunicação para esclarecer dúvidas sobre como se deve usar o recuso tecnológico.
"Na consulta do VAR, é a decisão do árbitro que prevalece. Ele vai ver, julgar e decidir se permanece com a marcação anterior ou não. Nesse momento, ele tem que olhar de maneira clara e objetiva. O que temos visto é que o árbitro leva cerca de 5 ou 8 minutos. Isso não pode. O VAR veio para ajudar. É um auxílio para não prejudicar", comentou.
No cenário local, entretanto, o presidente da Federação Pernambucana de Futebol (FPF) alegou que os Aflitos, na primeira partida da final do Campeonato Pernambucano, "não tinha estrutura para receber os equipamentos". Declaração rebatida pelo vice-presidente executivo do Náutico, Diógenes Braga, que afirmou ter sido uma "desculpa para evitar gastos".
"A ideia é minimizar os erros e maximizar os erros. O que acontece no Brasil é que estão usando a ferramenta como a principal decisão. Estão esperando a decisão do VAR, indo na contramão do restante do mundo. Eles (os árbitros) têm que tomar a decisão. No momento em que a decisão for errada, é quando cabe a interferência", concluiu Wilson Souza.