Para ter a estreia na F-1 confirmada no GP da Malásia, na madrugada de domingo, Fernando Alonso precisa ainda ser aprovado nos últimos testes físicos que serão realizados na sexta-feira,pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA), no circuito de Sepang. Caso os resultados demonstrem que a concussão sofrida após o acidente na pré-temporada não representa mais risco à sua saúde, o piloto estará de volta ao cockpit da McLaren com a missão de melhorar o desempenho da escuderia, após a estreia vexatória no GP da Austrália.
Na sessão que definiu o grid da corrida que abriu a nova temporada da F1, Jason Button, seu companheiro de equipe, e Kevin Magnussen, piloto que o substituiu, fizeram os dois piores tempos, ficando em 17º e 18º, respectivamente. Enquanto Button não conseguiu pontuar após terminar a prova na 11ª e última colocação, Magnussen nem chegou a largar em função de problemas no motor da McLaren.
As dificuldades apresentadas pelo time comandado por Ron Dennis são justificadas pelo projeto da equipe com a Honda, que desenvolve novos chassis e unidade motirz (formada por motor de combustão interna de 1,6 litros, turbo, e dois sistemas de recuperação de energia).
A situação da McLaren se choca diretamente com o argumento utilizado por Fernando Alonso para deixar a Ferrari, time que defendeu de 2010 a 2014. O bicampeão mundial (2005 e 2006) disse ao diretor da equipe italiana, Marco Mattiacci, que não renovaria porque a escuderia não podia lhe dar um carro competitivo.
Ansioso para voltar às pistas no GP da Malásia, o espanhol minimizou os problemas da nova equipe, adotando um discurso otimista. “Eu acompanhei todo o fim de semana na Austrália de perto e estive em contato constante com a equipe. Claro que temos muito trabalho a fazer, mas o resultado de Jenson (Button) foi encorajador do ponto de vista da confiabilidade e da coleta de dados, que são extremamente importantes. Eu também gostaria de agradecer a Kevin por seus esforços. É uma pena que ele não tenha conseguido se alinhar ao grid”.