Se consolidando como referência no futebol americano, Pernambuco pode receber partida da NFL

O italiano Giuseppe Rizzello, gerente geral da AEG, empresa que administra a Arena Pernambuco e diversos estádios da NFL, confirmou o interesse dos americanos em trazer uma partida da franquia para o Estado
Haim Ferreira
Publicado em 29/03/2015 às 8:00
O italiano Giuseppe Rizzello, gerente geral da AEG, empresa que administra a Arena Pernambuco e diversos estádios da NFL, confirmou o interesse dos americanos em trazer uma partida da franquia para o Estado. Foto: Foto: Diego Nigro/JC Imagens


Um dos esportes mais bem-sucedidos da atualidade, responsável pelas melhores médias de público do mundo, o futebol americano é a sensação do momento. No Brasil, no entanto, ainda busca reconhecimento. Em Pernambuco, por outro lado, a modalidade vem conquistando o seu espaço. Em pouco mais de nove anos após o surgimento da primeira equipe – o Recife Mariners –, a realidade do esporte no Estado, agora, é bem diferente da sua origem, nas praias do litoral.

“Quando tudo começou, não passava de brincadeira. Éramos alguns amigos que gostavam de futebol americano e íamos à praia para praticar. Agora, jogamos na Arena e levamos quase 10 mil pessoas para torcer”, comentou Lucas Cisneiros, técnico do Mariners e um dos precursores do futebol americano em Pernambuco.

Não só mostrando que, sim, é possível fazer o esporte crescer no âmbito regional, o Estado vem se estabelecendo como referência no Brasil. No ano passado, por exemplo, a Arena Pernambuco foi palco da primeira partida em um estádio da Copa do Mundo do Brasil, quebrando o recorde de público da modalidade no país: 7.056 torcedores assistiram ao jogo entre Mariners-PE e Espectros-PB. Em 2015, o estádio de São Lourenço da Mata está sendo novamente cotado para receber uma grande partida, desta vez, a decisão do Brasil Bowl.

Além disso, Pernambuco conta com três representantes na seleção brasileira. Ainda pegando carona na moda da bola oval, quatro equipes surgiram no Estado nos últimos três anos: Recife Horses, Olinda Sharks, Arcoverde Templários e Caruaru Wolves. Os times, agora, dividem jardas com os já consolidados Recife Pirates e Recife Mariners – este último, atual vice-campeão nordestino. O crescimento no número de jogadores também é evidente. Desde 2007, quando contava com apenas duas equipes, até hoje, com seis, a quantidade de jogadores amadores aumentou em impressionantes 863%.

Desde então, o crescimento do futebol americano em Pernambuco não só passou a ser repercutido no Brasil e, quem diria, até nos Estados Unidos. Em entrevista ao JC, o italiano Giuseppe Rizzello, gerente geral da AEG, empresa que administra a Arena Pernambuco e diversos estádios da NFL (principal liga de futebol americano dos EUA), confirmou o interesse dos americanos em trazer uma partida da franquia para o Estado.

“A possibilidade existe. Já tivemos conversas sobre esta e outras oportunidades há alguns anos. Porém, é preciso entender que a NFL tem um planejamento de jogos a longo prazo e as decisões não são tomadas de uma hora pra outra. Se fosse apostar um ano, diria 2019. A verdade é que eles estão de olho no Brasil há muito tempo e Pernambuco é um forte candidato”, disse.

Segundo Giuseppe, alguns fatores ainda poderiam contribuir para a vinda da NFL à Pernambuco, como a localização geográfica, a existência de voos diretos para os Estados Unidos, além do fato de ser um local turístico. Com fama de megalomania, o pernambucano pode, em breve, ter mais um motivo para se orgulhar do seu Estado. Caso as especulações se concretizem, é touchdown!

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