Bernardinho reafirma que não pediu para seleção entregar jogo no Mundial

Polêmica começou após entrevista concedida por Giba na última segunda-feira (21)
Do JC Online
Publicado em 22/09/2015 às 18:30
Polêmica começou após entrevista concedida por Giba na última segunda-feira (21) Foto: AFP


O técnico Bernardinho, 56, reafirmou nesta terça-feira (22) que não pediu para os jogadores da seleção brasileira masculina de vôlei entregarem o jogo contra a Bulgária, no Mundial de 2010. Bernardinho, assim, responde à afirmação do ex-jogador Giba que, na série de sabatinas olímpicas da Folha de S.Paulo, na segunda (21) à noite, admitiu a “marmelada” e ainda criticou o treinador.

“Eu fui à coletiva de imprensa no dia do jogo em que perdemos para a Bulgária, fui o último a sair da sala após responder absolutamente todas as perguntas dos jornalistas, tem a minha declaração oficial no site da competição e não sei por qual motivo houve uma afirmação contrária a isso”, disse Bernardinho à reportagem, por meio da assessoria de imprensa da CBV (Confederação Brasileira de Vôlei).

A declaração ao qual o comandante da seleção se refere está em inglês no site da FIVB (Federação Internacional de Vôlei).

“Eu não pedi aos meus jogadores para jogarem para perder esta noite. Tivemos alguns jogadores com problemas físicos e temos de estar prontos para o jogo de segunda-feira. Com certeza jogar contra a Alemanha e a República Checa não vai ser mais fácil do que jogar contra Cuba”, explicou Bernardinho naquele 2 de outubro de 2010, no Mundial na Itália.

Giba, então capitão da seleção, esteve na mesma entrevista coletiva, como destaca a federação.

“Para nós, o verdadeiro torneio terá início na próxima segunda-feira. Decidimos deixar o nosso levantador descansar um pouco porque ele tem que fazer o seu melhor na próxima semana. Mesmo a outra equipe decidiu deixar seu levantador e seu líbero descansarem. Temos que esquecer este jogo e pensar à frente, na segunda-feira “, comentou Giba naquela noite.

Na sabatina da Folha de S.Paulo, porém, o ex-jogador mudou sua versão. “Vamos parar de demagogia se entregou ou não. Todo mundo viu. Mas briguem com o regulamento, não briguem com a gente”, afirmou Giba.

O Brasil disputava a liderança do grupo, mas teria jogos mais fáceis se ficasse em segundo. Então, o levantador Bruninho foi poupado e, como o reserva Marlon recuperava-se de infecção, o time jogou sem levantador.

“Fiquei com vontade de dar um soco no Mário Júnior”, brincou Giba, referindo-se ao líbero que, após o jogo, disse que o time tinha “entregado” a partida.

“Tive que desmentir tudo. E não achei legal da parte do Bernardo. Como ele não vai à coletiva no meio do furacão? Falei isso para ele. E ele ficou incomodado”, contou Giba.


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