Em plena preparação para as seletivas das Olimpíadas, em dezembro, Joanna Maranhão conversou com a repórter Gabriela Máxima sobre seu atual momento na natação
TEMPORADA
A gente fez treino voltado para o Pan-Americano, Mundial e Finkel. Descansamos e voltamos. É difícil voltar à forma porque foi um um período de polimento, extensão de polimento e férias. É como se estivéssemos voltando mais fora de forma do que em janeiro. Sinto dor muscular. Quero ser perfeita no treino. Eu tenho esse problema de não aceitar as fases e querer estar sempre 100%. Nesse momento não dá para ser assim.
VEGETARIANA
Eu fiz uma bateria de exames de sangue para ver como ficará a dieta. Para não ter nenhum problema, porque a síntese protéica é pesada. Tenho uma médica esportiva, mas vamos ter um nutricionista que vai apresentar uma dieta.
ALIMENTAÇÃO
Como eu tenho um corpo parecido com o dessas blogueiras fitness eu procuro fugir do estereótipo. Mostro que minha alimentação é por conta da saúde e da natação e não estética. Deixo isso bem claro. Muita gente elogia minha perna, mas eu não gosto. Acho mais bonito mulher que tem perna fina. Me aceito e não tenho vergonha. A questão política da alimentação e exposição do meu corpo é mais por liberdade de expressão do que vaidade.
RECORDE
Eu sabia que tinha condição de fazer a marca. Mas eu precisei passar por um processo de autoconhecimento, que durou 11 anos. As pessoas ficam presas à marca 4min40 (dos 400m medley). Eu procuro mostrar que durante 11 anos eu vivi uma via-crúcis. E não é porque eu fiz 4min38 que eu vou fazer melhor da próxima vez. Quando você quebra uma barreira você recomeça do zero. Eu sou minha referência. Joanna tentando ser melhor do que ela.
POLÍTICA
Levo porrada pelo que falo. Antigamente eram porradas mais leves, mas hoje desejam o mal. Isso choca. O momento do País é muito crítico, as pessoas sofrem por conta da crise econômica, elas jogam violência e ferem quem pensa diferente. Meu posicionamento político é da minoria. As pessoas polarizam o Brasil entre esquerda e direita. Eu não faço parte nem de um lado nem do outro. Eu faço parte da esquerda opositora. Essa minoria não permite agressão à pessoa de Dilma por ela ser mulher. Eu acho que ela é uma má gestora, mas eu admiro muito a mulher que ela é.